segunda-feira, 5 de maio de 2014

Probióticos e prebióticos na atenção primária ao câncer de colón

O termo probiótico é derivado do grego, que significa "para a vida". Foi primeiramente utilizado por Lilly e Stillwell, em 1965. Entretanto, a definição aceita internacionalmente é que probióticos são microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde.
O termo Prebiótico foi empregado por Gibson & Roberfroid e
m 1953 para designar que são ingredientes nutricionais não digeríveis que afetam beneficamente a nossa saúde estimulando o crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas do cólon, melhorando a saúde. Dentre os prebióticos, temos os frutooligossacarídeos (FOS), que são um tipo de carboidrato. O FOS desempenha diversas funções fisiológicas no organismo, como alteração do trânsito intestinal, prevenção de câncer de cólon, redução do colesterol, melhora da disponibilidade de minerais no nosso organismo, além de contribuir para o aumento da concentração das bífidobactérias (bactérias benéficas para a nossa saúde) no cólon. Estão presentes na cebola, chicória, alho, alcachofra, cereais, aspargos, beterraba, banana, trigo, tomate, mel e açúcar mascavo. Um dos efeitos atribuídos aos prebióticos é a redução do risco do câncer de cólon. Existem vários estudos que comprovam os efeitos benéficos da ingestão do FOS, como aumento da produção de compostos imunoestimulantes, que possuem atividade antitumoral, diminuição do crescimento de bactérias nocivas, diminuição da produção de toxinas e compostos cancerosos. Atribui-se, também, ao consumo de FOS a redução da potencialidade de várias doenças normalmente associadas com o alto número de bactérias intestinais patógenas, como doenças autoimunes, câncer, constipação, diarreia associada a antibióticos, distúrbios digestivos, alergias e intolerâncias a alimentos e gases intestinais.
Simbióticos são produtos que contenham tanto probióticos como prebióticos.
As neoplasias de cólon são a terceira forma mais comum de câncer atualmente. Seus tratamentos ainda estão associados a elevado risco de complicações, ressaltando, assim, a necessidade de elaborar novas estratégias de tratamento. A ingestão de probióticos, prebióticos ou a combinação de ambos (simbióticos), representa nova opção terapêutica. Diante da importância do equilíbrio quantitativo e qualitativo da microbiota intestinal (flora intestinal) para saúde humana e com objetivo de melhor mostrar o papel dos probióticos e prebióticos, o tema em discussão procura abordar a importância destes como coadjuvantes na prevenção e tratamento de câncer de cólon.
Estudos apontam relação inversa entre o consumo de probióticos e prebióticos e o diagnóstico de câncer de cólon, sendo que alguns dos possíveis mecanismos englobam: aumento da resposta imune, redução da resposta inflamatória, inibição de formação de células tumorais e da conversão de substâncias pré-carcinogênicas em carcinogênicas.
Através da realização desta revisão literária foi possível obter respostas positivas quanto ao uso de probióticos e prebióticos na carcinogênese, colocando seu uso como recomendado de forma adequada.
Lembre-se então de consumir uma dieta rica em fibra, que deve incluir alimentos como as folhas, legumes, frutas, aveia, lecitina de soja, entre outros.
Para pessoas que precisam fazer uso de suplemento oral ou nutrição por sonda, as fibras podem ser encontradas nestes produtos também. Não esqueça de verificar.

Artigo original escrito por: Fabiana Gouveia Denipote; Erasmo Benício Santos de Moraes Trindade; Roberto Carlos Burini.
Fonte: Arq. Gastroenterol. vol.47 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2010

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