segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Maior incidência de câncer no estômago está ligada a hábitos alimentares dos gaúchos


Cerca de 10% dos casos de câncer no aparelho digestivo do Brasil são registrados no Rio Grande do Sul. O Estado é o terceiro em número de casos de câncer no estômago, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca). De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Antônio Carlos Weston, essa estatística está relacionada a hábitos alimentares dos gaúchos, como ingestão frequente de alimentos defumados ou dieta pobre em vitaminas A e C.

No Rio Grande do Sul, se consume muito charque, linguiça e salame, que, além de defumados, têm grande quantidade de sal, e não deveriam ser consumidos em grandes quantidades — adverte o médico.

A presença de uma bactéria chamada Helicobacter Pilory no interior do estômago também tem de ser salientada como um fator importante da causa de câncer no estômago, conforme Weston.

Fatores genéticos, uso de cigarro e consumo de bebidas alcoólicas destiladas também estão associados ao desenvolvimento de câncer gástrico, que acomete principalmente homens na terceira idade. Segundo o Inca, cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos e o pico de incidência se dá em homens por volta dos 70 anos.

Como a doença não demonstra sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais, grande parte dos casos de câncer de estômago são diagnosticados em estágio avançado. Geralmente, os sintomas são atribuídos a indisposições alimentares sem maiores repercussões, o que reflete em uma taxa de mortalidade perto de 80% dos casos.


ATENÇÃO

Se os sintomas abaixo persistirem por mais de 10 ou 15 dias, procure um especialista da área de gastroenterologia:

- Dor no estômago, principalmente após as refeições

- Perda de peso

- Fraqueza

- Vômitos


Para prevenir, inclua na dieta:

- Vegetais crus

- Frutas cítricas

- Alimentos ricos em fibras

- Vitamina A e C, encontradas em frutas e verduras frescas

Fonte: Zero Hora e www.oncoguia.com.br

RS é o estado brasileiro com mais casos de câncer no aparelho digestivo


O Rio Grande do Sul é o estado que mais concentra casos de câncer do aparelho digestivo, com 10% da incidência nacional. Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), dos 6.080 casos estimados em 2010, 3.130 são de tumores de cólon e reto; 1.490 de estômago e 1.460 de neoplasias no esôfago, sendo este último o que mais provoca mortes.

— A maioria dos pacientes com câncer no esôfago morre dentro de um ano, enquanto nos demais tipos, a sobrevida pode ser de cinco a oito anos— diz o médico endoscopista, Júlio Pereira Lima, presidente regional da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED-RS).

De acordo com o especialista, mesmo com incidência maior, a mortalidade de outros cânceres, como de pulmão e próstata, é menor devido à manifestação mais aparente dos sintomas. O câncer no esôfago é de difícil identificação, pois é praticamente assintomático — quando a pessoa percebe os sinais, quase sempre a doença já está em estágio avançado, conforme explica o médico. Lima destaca que a única forma de diagnóstico precoce para tumores no esôfago é por meio de endoscopia.

— No Rio Grande do Sul, homens com mais de 50 anos, fumantes e que tomam mate deveriam incluir endoscopia em seus exames de rotina, como já ocorre em países como França e Japão — observa Lima.

A incidência de câncer no esôfago é quatro vezes maior em homens do que em mulheres. A doença costuma se manifestar após os 60 anos, segundo o especialista.

Doenças simples, como azia, gastrite e refluxo, podem evoluir para um câncer se não forem devidamente tratadas. Segundo Lima, uma pesquisa feita na Santa Casa de Porto Alegre identificou que 13% dos porto-alegrenses têm refluxo, e cerca de 20% dos casos de refluxo evoluem para um câncer de esôfago.

Esses dados fazem parte das discussões da 10ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo, que reúne 4,5 mil especialistas na área em Porto Alegre, até quinta-feira.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3569922,RS-e-o-estado-brasileiro-com-mais-casos-de-cancer-no-aparelho-digestivo.html

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Uso de Quimioterápicos e Interação com os Alimentos

Alguns QUIMIOTERÁPICOS que provocam alterações na absorção dos alimentos.
Existem muitas outras drogas que provocam interação na alimentação, mas por hoje vejamos as seguintes:

1.Bleomycin
Interações com nutrientes:
Aumenta o catabolismo protéico e depleção de cálcio, potássio, vitaminas B1 e B12.

2.Cisplatina
Interações com nutrientes:
Hidratar antes da quimioterapia.
Reposição de nutrientes perdidos pela interação e pela diarréia, além de fornecer quantidade de líquidos suficiente para equilibrar a hidratação do paciente.

3.Dactinomycin
Interações com nutrientes:
Diminui a absorção de cálcio, ferro, potássio, gordura, vitaminas do complexo B, vitamina K e aumenta a necessidade de vitamina B12.

4. Etoposide
Interações com nutrientes:
Diminui a absorção de tiamina, cálcio, ácido fólico e ferro.

5. 5-FU-Fluorouracil
Interações com nutrientes:
A absorção do fluorouracil é reduzida quando se administra junto alimentos, o ideal é administrá-lo entre as refeições. Diminui a absorção das vitaminas A, complexo B, ácido fólico e dos minerais potássio, cálcio e ferro.

6. Citrato de Tamoxifeno
Interações com nutrientes:
Aumento do ácido úrico. Suplementos de magnésio e cálcio devem ser ingeridos com o um intervalo de pelo menos 2 horas, para evitar interferência na biodisponibilidade da droga.

Fonte: Nutricionista Fernanda Bortolon

Hormonioterapia no câncer de mama

A hormonioterapia é utilizada tanto nos casos de doença disseminada da mama, como em pacientes sem evidência de doença após a cirurgia (terapia adjuvante).

Os melhores resultados terapêuticos são alcançados em pacientes que já haviam parado de menstruar no momento do diagnóstico, isto é, no período de pós-menopausa. Além disso, alguns trabalhos recentes investigaram a possibilidade de a terapia hormonal evitar o desenvolvimento do câncer de mama. Os resultados sugerem que o uso de antagonistas do estrógeno em pacientes de alto risco pode reduzir a ocorrência da doença.
Inibição da produção do estrógeno

Nas mulheres que ainda menstruam, a inibição da produção do estrógeno ovariano pode ser obtida pela castração cirúrgica (ooforectomia ou ovariectomia), radioterápica ou medicamentosa. O bloqueio medicamentoso da produção hormonal pode ser alcançado pela administração de agonistas do GnRH, progesterona ou andrógenos (alternativa menos utilizada).

No grupo de mulheres em pós-menopausa, nas quais todo o estrógeno circulante é produzido pelas glândulas suprarrenais, a supressão é alcançada pelo uso de inibidores da aromatase. Esses inibidores bloqueiam a transformação dos andrógenos em estrógenos, reação que ocorre no interior da suprarenal, em diversos tecidos periféricos e no interior do tumor.

Medicamentos utilizados

O tamoxifeno é o único representante do grupo das substâncias que competem pelos receptores de estrógeno no organismo feminino, sendo utilizado em mulheres em pré e em pós-menopausa. Entre os agonistas do GnRH, uma substância muito utilizada é a goserelina. O primeiro inibidor da aromatase utilizado em grande escala foi a aminoglutetimida. Atualmente, outros medicamentos com maior eficácia e tolerabilidade disputam essa indicação: anastrozol, letrozol e formestano. A progesterona, empregada como agente de segunda ou terceira linha, tem no acetato de megestrol sua principal apresentação. Além de inibir a produção de estrógeno, essa classe de medicamentos exerce seu efeito antitumoral por mecanismos ainda não esclarecidos.
Resultados

A presença de receptores de estrógeno nas células do tumor representa um dos principais fatores prognósticos no câncer de mama, sugerindo que a doença deverá ter um comportamento menos agressivo. Além disso, assinala que as respostas à terapia hormonal serão, provavelmente, boas. A terapia hormonal traz resultados positivos para apenas 10% das pacientes ER negativas, enquanto entre 50% e 60% das ER positivas se beneficiam desse tratamento.

Não se sabe o porquê, mas esses receptores são mais frequentemente encontrados nas células tumorais de pacientes que receberam diagnóstico após a menopausa do que nas de pacientes que ainda menstruam.
Efeitos colaterais

O tamoxifeno alcançou uma posição de destaque no tratamento do câncer de mama não só por sua eficácia, mas também pela baixa incidência de efeitos colaterais. Raras pacientes relatam dificuldade de tolerar os sintomas de menopausa que ele determina. Embora se discuta a possibilidade de o uso do tamoxifeno aumentar as chances de desenvolvimento do câncer de endométrio, alguns trabalhos indicam a ocorrência de efeitos favoráveis sobre o metabolismo ósseo, com a redução da perda óssea e alterações no metabolismo dos lípides, capazes de inibir o desenvolvimento da aterosclerose.

O acetato de megestrol apresenta uma série de efeitos adversos: ganho de peso, retenção de líquidos e hipertensão. Além disso, está relacionado à ocorrência de trombose e tromboembolismo. Os inibidores da aromatase são geralmentes muito bem tolerados.
Duração da terapia

A terapia adjuvante tem início e duração preestabelecidos. A maioria dos serviços propõe a administração do tamoxifeno, após a retirada do tumor, por cinco anos. O tratamento se desenvolve independentemente da realização de radioterapia e/ou quimioterapia complementar. Nos casos de doença metastática, a terapia hormonal tem papel de destaque, especialmente no grupo de pacientes em pós-menopausa. O tratamento deve ser mantido enquanto houver benefício clínico, substituindo-se sequencialmente a medicação à medida que forem se desenvolvendo resistências.
Cuidados que devem ser tomados durante o tratamento

Devido aos riscos de trombose venosa, a equipe médica deve ser informada em caso de dor ou inchaço nas pernas, principalmente se envolver apenas um dos membros. O tratamento hormonal não deve ser interrompido sem o consentimento da equipe médica.


http://www.einstein.br/Hospital/oncologia/nossos-servicos/hormonioterapia/Paginas/hormonio-terapia-no-cancer-de-mama.aspx

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entenda por que quimioterapia provoca queda de cabelos

A queda do cabelo durante o tratamento de câncer, por causa da quimioterapia, é o segundo impacto sentido pelo paciente no enfrentamento da doença, depois do diagnóstico, segundo a psicóloga Samantha Moreira, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.

"Significa perceber-se doente e perder a imagem corporal", afirma o oncologista João Paulo Lima, do Hospital de Câncer de Barretos.

Esse efeito colateral abala mais as mulheres, que, sem os cabelos, podem sentir uma perda da feminilidade. Mas os homens também ressentem a perda de cabelo e barba. É o caso do bancário Leandro Ferreira, 26, que trata um câncer de testículo.

Ao ver o cabelo cair em tufos e ficar cheio de falhas por causa da quimioterapia, ele preferiu raspar a cabeça --o mesmo fez o "[ex-presidente Lula raspou o cabelo]", para se antecipar ao efeito dos medicamentos.

"É dolorido, cheguei a chorar. Por mais que eu tivesse pouco cabelo, ele estava ali, e tirá-lo foi algo imposto, não foi uma opção minha."

Uma dificuldade, conta Leandro, é enfrentar os olhares das pessoas na rua.

"Acho que a careca de quem tem câncer é diferente. A pele fica mais fina. As pessoas olham, medem e pensam: "Ele está com câncer"."

Segundo Lima, o que mais preocupa os homens é a manutenção da independência e a impotência sexual.

João Marcelo Knabben, 26, faz tratamento contra um tumor que apareceu na língua e atingiu o olho esquerdo. Ele temia mais a náusea e a diarreia, também efeitos colaterais da químio, do que a queda dos cabelos. "Acho até que fiquei melhor com a cabeça raspada."

A dermatologista do Inca (Instituto Nacional de Câncer) Fernanda Tolspoy afirma que a reação depende da vaidade de cada paciente. "Para muitos homens, a perda da barba que cultivam há anos é traumática."

Por que cai

Os remédios usados contra câncer atacam as células que estão se dividindo mais rápido, característica das células do tumor.

Mas as células que dão origem ao cabelo também se replicam em alta velocidade e, por isso mesmo, são mortas pelo tratamento por tabela.

Na radioterapia, a queda dos cabelos é rara, mas a pele pode ficar envelhecida.

Na químio, o cabelo pode cair de forma mais rápida ou gradual, em forma de tufos.

Para evitar as falhas, muitos raspam o cabelo. "É uma forma de encarar a doença de frente, dizer: "É isso, estou com câncer", diz Tolspoy.

Foi assim que Rosimeire Venturini, 44, que se trata de um câncer de mama, encarou a perda dos cabelos.

"Você tem de tomar decisões, e é preciso ter coragem para assumir que tem câncer e dizer: "É hora de lutar."

Ela conta que, no início do tratamento, deixou o cabelo bem curto. Ao se olhar no espelho, teve uma crise de choro. "Agora que voltou a crescer, pensei: "Estou chegando à fase final do tratamento, estou vencendo."


Folha de São Paulo
www.nutrionco.com.br