sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Obesidade no início da vida aumenta risco de câncer de mama, diz estudo

ma pesquisa publicada no mês de setembro, mostra como a obesidade, especialmente no começo da vida, pode levar ao desenvolvimento do câncer de mama no futuro. A descoberta é importante porque vem a se somar à questão hormonal. Até o momento, o nível de estrógeno, hormônio sexual feminino produzido nos ovários, era considerado o principal fator relacionado ao crescimento das mamas. A comprovação de que a dieta também influi no desenvolvimento dos seios pode ajudar a explicar também os mecanismos por trás do câncer de mama. Segundo os autores, isso vale principalmente para os casos que ocorrem antes da puberdade ou depois da menopausa, quando o nível de estrógeno no corpo da mulher é baixo. No estudo, os especialistas da Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, alimentaram camundongos desde o nascimento com um tipo de gordura que simula os efeitos da chamada síndrome metabólica. A síndrome metabólica é um conjunto de fatores ligados à obesidade – como o risco de surgimento de doenças cardiovasculares e da diabetes tipo 2 –, que afetam o funcionamento dos hormônios. Por essa relação com a obesidade, essa síndrome tem ligação estreita com a alimentação. Mesmo sem estrógeno, os camundongos – tanto machos quanto fêmeas com o hormônio bloqueado – desenvolveram mamas maiores apenas por causa da alimentação que tiveram no início da vida. Além de participar do aumento das mamas, em si, o processo levou à formação de tumores em alguns dos camundongos. Em diferentes tipos de animais, os resultados variaram, o que levou os pesquisadores à conclusão de que fatores genéticos também podem afetar a forma como a síndrome afeta as mamas em cada pessoa. Os resultados foram publicados pela "PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências. Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/obesidade-no-inicio-da-vida-aumenta-risco-de-cancer-de-mama-diz-estudo/2099/7/

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Efeitos colaterais do tratamento oncológico: como minimizá – lós através da alimentação?

A alimentação adequada é essencial em todas as idades, independente do sexo e do estado nutricional. O câncer, na maioria das vezes, leva a redução da ingestão alimentar, sendo que esta patologia leva a uma necessidade maior de calorias. A ingestão alimentar insuficiente, faz com que o paciente esteja suscetível ao risco nutricional. Com isso, ocorre uma perda de peso significativa que leva à desnutrição. São inúmeras as causas da baixa ingestão de nutrientes, e normalmente elas aparecem quando o paciente oncológico está em tratamento com radio e/ou quimioterapia, sendo a perda de apétite um dos efeitos colaterais. Dentre os efeitos colaterais mais comuns, estão: enjoos e náuseas constates, vômitos, diarreia, intestino preso (constipação), diarréia, boca seca (xerostomia), feridas na boca e no trato gastrointestinal (mucosite), dor ao engolir (odinofagia) e ausência ou alteração de paladar. Veja abaixo como minimizá – lós através da alimentação: Enjoos, náuseas e vômitos: • Dê preferência aos alimentos gelados ou em temperatura ambiente; • Faça pequenas refeições com intervalo pequeno de tempo; • Coma devagar e mastigue bem os alimentos; • Beba sucos; • Chupe gelos ou picolé de frutas cítricas (se não estiver com feridas na boca); • Faça suas refeições em lugares arejados; • Evite frituras, alimentos gordurosos, doces concentrados, condimentos fortes (pimenta, catchup, mostarda); • Evite deitar – se após logo após as refeições; • Evite ficar próximo a cozinha durante o preparo das refeições. Diarreia: • Consuma bastante líquidos, principalmente água; • Dê preferência aos alimentos como: batata, chuchu, cenoura cozida, arroz, biscoito água e sal e carnes grelhadas; • Prefira sucos de frutas coados; • Consuma frutas: banana, maçã e pêra; • Consuma apenas o caldo de feijão e lentinha; • Evite leite e derivados, alimentos gordurosos, frutas cruas em geral, sementes oleaginosas (abacate, nozes, amendoim...), condimentos picantes, conservas em geral (picles, azeitona, milho...), embutidos (presunto, salsicha, mortadela...), leguminosas (feijão, ervilha, lentilha...) e hortaliças cruas; • Evite alimentos que causam flatulência (gases): repolho, ovo, couve – flor e brócolis. Intestino preso (constipação): • Consuma bastante líquidos, principalmente água; • Prefira frutas laxativas: ameixa, mamão, laranja, manga; • Consuma fibras; • Consuma as frutas com casca e bagaço, quando possível; • Consuma, preferencialmente, as hortaliças cruas; • Consuma farelo de cereais (arroz, aveia ou trigo); • Consuma produtos integrais (arroz, pães e torradas); • Consuma leguminosas regularmente (feijão, ervilha...); • Consuma leite e derivados; • Evite alimentos constipantes: ricota fresca, sagu, tapioca, goiaba, maçã, caju... Boca seca (xerostomia): • Prepare as refeições com caldos e molhos; • Evite repetir os caldos e molhos, diversifique; • Quando não houver feridas na boca, chupe balas azedas e/ou ácidas, picolés ou gelo e mastigue chicletes (sabor menta), que auxiliam a produzir mais saliva; • Consuma líquidos em abundância, principalmente água; • Use a saliva artificial, encontrada em farmácias; • Evite alimentos secos Feridas na boca e no trato gastrointestinal (mucosite): • Consuma alimentos macios e na consistência pastosa; • Prefira alimentos gelados ou na temperatura ambiente; • Quando necessário, utilize alimentos na consistência líquida ou liquidificados; • Evite alimentos ácidos, picantes ou muitos salgados; • Evite alimentos muito quentes. Dor ao engolir (odinofagia): • Prepare sua refeição na consistência que for mais tolerada, que ofereça menor dificuldade para mastigar e/ou engolir, podendo variar entre branda, pastosa ou líquida (conforme avaliação da fonoaudióloga); • Tome pequenos goles de água ou suco durante as refeições; • Faça as refeições em pequenas quantidades, várias vezes ao dia. Ausência ou alteração de paladar: • Enxague a boca com água pura ou faça bochechos com chá de camomila antes das refeições; • Experimente balas azedas e/ou ácidas ou gotas de limão (30 gotas em 1 copo de 200 ml) ou gelatina de limão, caso não tenha feridas na boca ou no tratogastrointestinal; • Use temperos naturais em maior quantidade: manjericão, orégano, salsinha, hortelã, alecrim, coentro; • Substitua os talheres de metal pelos de plástico, caso sinta o sabor residual metálico; • Mantenha sempre uma boa higiene bucal; • Evite consumir alimentos muito quentes ou muito gelados. Dicas adaptadas do site: http://www.icesp.org.br/Pacientes-e-Acompanhantes/Cardapio-para-controle-de-sintomas/ Lembre – se... Para que o tratamento seja satisfatório, é importante o trabalho multidisciplinar... Para que o tratamento seja mais satisfatório ainda, é necessário que você, paciente, seja otimista, tenha persistência e siga o tratamento até o final! Por isso... Coma o que lhe dê prazer... Coma o que lhe apetece... Coma o que lhe parecer mais gostoso... Coma o alimento no modo de preparo que lhe faça bem... e não coma aquilo que lhe traz a idéia de mal – estar
Camila Dias Führer – CRN2 7685P Nutricionista graduada pela PUCRS, pós graduanda em Nutrição e Oncologia pelo IEP do Hospital Moinhos de Vento.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O anti-psicótico olanzapina controla o avanço da náusea e vômitos induzidos pela quimioterapia (NVIQ)

Um estudo de Fase III em pacientes de câncer com náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia (NVIQ) que não respondem aos tratamentos convencionais fornece a primeira evidência conclusiva de que a olanzapina (Zyprexa), um medicamento anti-psicótico, é eficaz no controle destes efeitos secundários, por vezes, debilitantes da terapia do câncer. Em geral, NVIQ afeta cerca de 50% a 60% dos pacientes que recebem certos tipos de quimioterapia. Embora estes efeitos colaterais geralmente possam ser controlados com medicamentos disponíveis, uma minoria significativa de pacientes, cerca de 30% a 40%, possui NVIQ, que é definido como náuseas e vômitos que persistem apesar do tratamento preventivo recomendado pela AMERICAN SOCIETY OF CLINICAL ONCOLOGY (ASCO) ou outras diretrizes. O teste duplo-cego, randomizado e controlado comparou a olanzapina com a metoclopramida, medicamento normalmente prescrito para o avanço do NVIQ, embora a pesquisa não tenha sido realizada para confirmar a sua eficácia para esse fim. Os pacientes que receberam olanzapina tiveram uma significativa melhora em relação aos pacientes que receberam metoclopramida. “Esta é a primeira vez que o avanço NVIQ foi estudado de forma sistemática”, disse Rudolph M. Navari, principal autor do estudo, reitor adjunto e diretor clínico do Harper Cancer Institute, Indiana University School of Medicine-South Bend. “Este estudo sugere que a olanzapina será muito útil nesses pacientes que se sentem muito doentes e às vezes vêm para a sala de hospital, clínica ou de emergência. Como resultado, os pacientes vão se sentir melhor.” O avanço do NVIQ pode diminuir a qualidade de vida dos pacientes com câncer e até mesmo exigir reduções em suas doses de quimioterapia, possivelmente limitando a eficácia do tratamento. O estudo envolveu doentes que recebiam doses de quimioterapia altamente emetogénica (causando náusea e vômitos), incluindo cisplatina, doxorrubicina e ciclofosfamida. No estudo, 205 pacientes que nunca tinham recebido quimioterapia receberam o primeiro o tratamento padrão de drogas, recomendado para prevenir NVIQ antes de iniciar a quimioterapia. Embora estas drogas tenham impedido NVIQ na maioria dos pacientes, 80 desenvolveram avanço. Estes pacientes foram randomizados para receber olanzapina oral diária ou metoclopramida oral diária por três dias. Eles foram acompanhados por 72 horas, através de telefonemas de enfermeiros do estudo, e foram convidados a preencher um diário. Durante o período de observação de 72 horas, 71% (30 de 42) daqueles que receberam olanzapina não tinha vômitos, em comparação com 32% (12 de 38) dos que receberam metoclopramida. 67% (28 de 42) dos pacientes experimentaram olanzapina sem náuseas, em comparação com 24% (9 de 38) daqueles que receberam metoclopramida. Embora a olanzapina, aprovado pela FDA para o tratamento de psicose, seja conhecido por causar uma variedade de efeitos colaterais quando tomado diariamente durante seis meses ou mais, a utilização de curto prazo neste estudo não conduz a qualquer toxicidade significativa. O avanço do NVIQ geralmente se desenvolve entre o segundo para quarto dias após o tratamento de quimioterapia, por isso não seria necessário tomar olanzapina por mais de três dias, disse o Dr. Navari. A olanzapina é relativamente barata e é tomada oralmente. Fonte: http://revistaonco.com.br/noticias/o-anti-psicotico-olanzapina-controla-o-avanco-da-nausea-e-vomitos-induzidos-pela-quimioterapia/

quinta-feira, 31 de maio de 2012

31 de maio - Dia mundial sem tabaco. Cigarro não combina com a saúde do planeta. Nem com a sua.

Basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas fumando deixam no nosso Planeta. Além dos danos à saúde (como diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, osteoporose e catarata entre mais de 50 doenças diretamente relacionadas ao tabagismo), ao longo da cadeia de produção do tabaco há fatores que afetam o meio ambiente e toda a sociedade: uso de agrotóxicos, adoecimento dos fumicultores, inclusive crianças e adolescentes, desmatamento, incêndios, resíduos urbanos e marinhos. Os agricultores são vítimas de doenças causadas pelos pesticidas e pelo manuseio da folha de tabaco (doença do tabaco verde, com sintomas que incluem náusea, vômito, fraqueza, dor de cabeça, tonteira, dores abdominais, dificuldade para respirar e alteração na pressão sanguínea). Dentre as crianças e adolescentes de 5 a 15 anos envolvidas em atividades agrícolas na região Sul do Brasil, 14% trabalham no cultivo do tabaco, ficando expostas a grandes quantidades de agrotóxicos. Nos países em desenvolvimento, o desmatamento devido ao plantio e secagem das folhas do tabaco corresponde a 5% do total. Para cada 300 cigarros produzidos, uma árvore é sacrificada. O fumante de um maço de cigarros por dia consome duas árvores em um mês. Ainda que as zonas desmatadas sejam reflorestadas, não são refeitas as condições naturais quanto à flora e à fauna da mata virgem. O desmatamento está associado ainda a surtos de doenças infecciosas, e à erosão e destruição do solo. Pelo menos 25% dos incêndios rurais e urbanos são causados por pontas de cigarros. Os filtros, por sua vez, estão carregados de materiais tóxicos que podem demorar mais de cinco anos para se decompor. Há contaminação do solo e bloqueio dos sistemas das águas e esgoto. As pontas de cigarros são levadas pela chuva para rios, lagos, oceanos, matando peixes, tartarugas e aves marinhas que podem ingeri-las. Respeite a sua saúde e a saúde do planeta. Ambiente saudável é ambiente livre do cigarro. Fonte: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/dia_mundial_sem_tabaco/site/2012/faz_mal_pra_voce_e_pro_planeta

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia do Café

Dia do Café - 24 de Maio
Em 1727, o oficial português Francisco Palheta trouxe da Guiana Francesa através do Pará as primeiras mudas de café para o Brasil. A relação do Brasil com o café desde então – portanto há mais de 280 anos - é de uma fidelidade imensa. O Brasil passou a ser o maior país produtor e exportador de café do mundo, e segundo maior mercado consumidor. Não é por outra razão que desde 2005 o produto tem uma data só sua, incorporada ao Calendário Brasileiro de Eventos: 24 de Maio – Dia Nacional do Café. O fato é que 95% dos brasileiros acima dos 15 anos consumem ao menos uma xícara diariamente. São várias as razões que explicam o sucesso do café. Primeiro, porque desperta e anima, dá sensação energia e vitalidade. Parar para tomar um café é sempre uma saudável pausa e tem significado social histórico. Em eventos profissionais, o famoso coffe break é a hora da troca de cartões e de discussões com menos formalidade. O ideal seria – finalmente – que o café fizesse bem a saúde. O tema, volta e meia, é avaliado em estudos científicos. Recentemente, publicado na prestigiada revista médica New England Journal of Medicine, um estudo com mais de 400 mil pessoas mostrou uma relação inversa entre consumo de café e risco de morte por doença cardíaca, respiratória, acidentes, diabetes e infecções. O trabalho foi feito com base em um questionário aplicado em cerca de 230.000 homens e mais de 170.000 mulheres, que tinham de 50 a 71 anos. O consumo de 3 xícaras por dia reduziu, conforme a publicação, 10% risco de morte. Os resultados mostraram ainda que quanto maior o consumo de café, menor o risco de morte por estas causas. Interessante reforçar que, infelizmente, o hábito pode estar relacionado ao tabagismo. Neste contexto, conforme o mesmo estudo descreve, o benefício é anulado. As eventuais vantagens que o café podem trazer somente são evidentes naquelas pessoas que não fumam e não tem outros hábitos prejudiciais a saúde. Do ponto de vista essencialmente científico, não podemos afirmar definitivamente que o café aumenta o tempo de vidas das pessoas, até porque estes mecanismos não estão bem esclarecidos. Os dados nos permitem, entretanto, tomar o cafezinho sem muita culpa. Até o momento, se pessoa se sente bem com consumo razoável de café, não deve estar fazendo mal para sua saúde. Agradeço ao Dr. Stephen Doral Stefani (Oncologista) pelo envio do excelente texto.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Planos terão de cobrir tratamento domiciliar de câncer

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto que obriga os planos de saúde a cobrirem tratamento quimioterápico via oral, feito em casa, para pacientes com câncer. A inovação, que consta da proposta de autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), também cobre medicamentos para controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento. No projeto, Ana Amélia argumenta que atualmente cerca de 40% do tratamento oncológico se vale de medicamentos de uso domiciliar. Em 15 anos ela estima que tal procedimento chegará a 80% dos casos. Segundo ela, não há cobertura dos planos para esse tipo de tratamento, o que acaba por transferir "boa parte dos pacientes e seus custos assistenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS)". "A quimioterapia oral feita em casa oferece vantagens substanciais ao paciente, tanto físicas como emocionais, tais como sentir-se menos agredido pelo tratamento, o que proporciona maior adesão e facilidades, uma vez que não tem que alterar a sua rotina, não precisa gastar com transporte nem ter alguém disponível para acompanhá-lo à unidade de saúde", afirmou o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), relator do projeto. Moka apresentou uma emenda ao projeto para delegar à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e às sociedades médicas de especialistas da área para fazer a inclusão desses medicamentos no rol de cobertura dos planos de saúde. A matéria deverá seguir para apreciação da Câmara dos Deputados, exceto se houver recurso de um dos senadores para levá-la para apreciação do plenário. Os planos de saúde terão 180 dias, após a sanção da lei, se isso ocorrer, para se adequar à nova regra. Agência Estado

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Curry pode ajudar no tratamento do câncer de intestino

Um composto químico encontrado no curry, a curcumina, pode ser uma arma poderosa no combate ao câncer de intestino. Pesquisas já mostraram que a substância foi eficaz contra células cancerígenas desenvolvidas em laboratório e traz benefícios contra derrames e outros tipos de doenças, e agora um hospital de Leicester, na Grã-Bretanha, vai estudar o uso do composto junto de tratamentos quimioterápicos. Se o câncer de intestino se espalha para o corpo, os pacientes geralmente recebem uma combinação de três remédios de quimioterapia, mas cerca de metade deles não respondem a eles. A expectativa é que a eficácia dos medicamentos melhore com a curcumina, que será administrada a 40 pacientes uma semana antes de o tratamento começar. O professor William Steward, que lidera o estudo, disse que testes em animais combinando curcumina e medicamentos mostraram resultados muito bons e que são eles a justificativa para levar a pesquisa adiante no hospital. "Uma vez que o câncer se espalha, é difícil de tratar, já que os efeitos colaterais da quimioterapia limita o tempo pelo qual o paciente pode se submeter ao tratamento", explicou. De acordo com ele, "o prospecto de que a curcumina aumente a sensibilidade das células cancerígenas à quimioterapia é interessante porque pode significar uma redução nas doses, o que permitiria aos pacientes manter o tratamento por mais tempo e com menos efeitos colaterais". A pesquisa ainda está nos seus estágios iniciais, mas o potencial do uso de compostos químicos para tratar o câncer "é uma área intrigante e espera-se que isso dê informações para o desenvolvimento de novos remédios no futuro", completa Steward.
BBC Brasil

quarta-feira, 28 de março de 2012

Coca e Pepsi mudam fórmula para evitar alerta de câncer nos EUA

A Coca-Cola e a Pepsi decidiram mudar a fórmula, nos EUA, do corante caramelo que compõe os refrigerantes para não ter de colocar um alerta de risco de câncer em suas latas.

A notificação passou a ser obrigatória depois que a Califórnia incorporou um componente químico presente no corante caramelo na lista de substâncias cancerígenas.

A decisão foi motivada por pressão da entidade de consumidor Centro de Ciência para Interesse Público, que apresentou um estudo com indicações da conexão da substância com o desenvolvimento do câncer.

A associação das indústrias de bebidas dos EUA contesta o conteúdo do estudo. Segundo o grupo, a substância 4-metilimizadol, alvo do questionamento, já foi autorizada por reguladores nos EUA e em outras partes do mundo.

Apesar disso, a entidade confirmou que as empresas trabalham para mudar a fórmula para atender as requisições do Estado da Califórnia.

"Consumidores não vão notar a diferença nos produtos e não tem razão alguma para preocupações em relação à saúde", afirmou a associação em nota.

O FDA (órgão norte-americano que regula remédios e alimentos) analisa um pedido da entidade de consumidores sobre o assunto.

Um porta-voz da agência informou que um consumidor teria de beber mais de 1.000 latas de refrigerante por dia para alcançar os níveis apresentados no estudo que mostrou uma relação com câncer em roedores.

"Embora acreditemos que não há risco para saúde pública que justifique mudanças, pedimos aos fornecedores do caramelo que deem esse passo para que nossos produtos não estejam sujeitos à exigência de um aviso sem fundamento científico", afirmou a representante da Coca-Cola, Diana Garza Ciarlante.

A Coca-Cola do Brasil confirmou que o corante caramelo está presente no produto vendido no país e afirmou que não há previsão de alterações, como nos EUA.

"O corante caramelo utilizado em nossos produtos é absolutamente seguro. Coca-Cola não alterará sua fórmula mundialmente conhecida. Mudanças no processo de fabricação de qualquer um dos ingredientes, como o corante caramelo, não tem potencial para modificar a cor ou o sabor da Coca-Cola", disse a empresa em nota.



Folha de São Paulo

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cerveja, bala e salsicha têm substância cancerígena do refrigerante

Especialistas alertam que ainda não há risco comprovado do 4-MI à saúde, mas dieta saudável já exclui estes alimentos


A substância cancerígena 4-metinilizadol (4-MI), também chamada de corante caramelo, está presente nos refrigerantes tipo cola (Coca-Cola e Pepsi são os mais conhecidos) e também em outros produtos que fazem parte da dieta pouco saudável do brasileiro.

Cerveja, achocolatados, doces de confeitaria, molhos curry e vinagre, além de salsichas, sopas e sucos industrializados são só alguns exemplos.

Na semana passada, um comunicado feito pelo Instituto de Defesa do Consumidor dos Estados Unidos alertou sobre o risco aumentado de câncer em camundongos expostos às doses altas do 4-M1.

A entidade – sigla em inglês CSPI – pediu providências do órgão sanitário norte-americano, o FDA, que regula o consumo de alimentos e medicamentos nos EUA. O FDA se posicionou dizendo que ainda não há evidências sólidas sobre os prejuízos acarretados à saúde humana e que seria necessário beber “mil latinhas de refrigerante por dia para ter algum efeito tóxico”.

Ainda assim, o estado da Califórnia (EUA) determinou a redução da substância nos refrigerantes cola de 150 mg para o limite máximo de 29 mg – caso contrário, mensagens de alerta sobre as sequelas tóxicas devem estampar as embalagens dos produtos.

A Coca-Cola, em comunicado oficial, anunciou que pode modificar a sua fórmula, sem que o sabor ou coloração do produto sejam alterados. Nos Estados Unidos, a modificação na produção industrial já começou, conforme noticiou o jornal inglês The Guardian

Alimentos desnecessários

Apesar dos refrigerantes terem motivado a discussão sobre a segurança do consumo do corante caramelo, a bebida gaseificada não é a única que utiliza esta substância.

Uma revisão de estudos realizada no ano passado pela European Food Safety Authorty (EFSA) informou que entre as principais fontes alimentícias de 4-MI no continente europeu estão, além de refrigerantes, a cerveja, os achocolatados, as salsichas, os doces de confeitaria, o vinagre, o molho curry, os temperos em geral, além do pão de malte, sucos industrializados entre outros.

No painel divulgado, a EFSA alertou que não foi comprovado o efeito cancerígeno em humanos devido o consumo do corante mas que ainda são necessários "mais estudos".

“Muitos alimentos utilizam o corante caramelo além dos refrigerantes, doces e balas de caramelo, por exemplo”, afirma o toxicologista do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP, Anthony Wong.

“Não temos nenhuma evidência, entretanto, de que o efeito tóxico da substância (4-MI) é cumulativo e nem sabemos qual é a dosagem consumida com base nestas diversas fontes”, completou. “Mas o fato é que os alimentos que utilizam o corante não são, por essência, saudáveis. De qualquer forma, eles devem ser consumidos com moderação independentemente da associação com a substância cancerígena.”

O professor de toxicologia e farmacologia da Universidade de Caxias do Sul, e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia, Carlos Augusto Mello da Silva, alerta que ainda é preciso esperar evidências sólidas sobre o real risco do corante e o posicionamento dos órgãos reguladores.

“Mas para as pessoas que estão apreensivas, é bom alertar que o corante não é um nutriente essencial à saúde. Em vez de refrigerante, pode se optar por sucos de frutas naturais ou água mineral”, sugere.

No Brasil

Na avaliação de Wong, a restrição mais incisiva ao uso do corante caramelo deveria ser adotada como norma sanitária no País, como foi feito recentemente com a utilização do bisfenol A – composto cancerígeno presente em mamadeiras e chupetas, proibido no ano passado.

“A Califórnia é um estado que dita as normas de segurança ambientais e alimentícias para o mundo. Precisamos ficar atentos”, disse o toxicologista.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, por meio da assessoria de imprensa, que “acompanha o caso da restrição do 4-MI” mas que não há previsão de nenhuma alteração nas quantidades máximas da substância nos refrigerantes.


Fonte: http://www.nutrionco.com.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&PaginaId=60&acao=mostraNoticia¬iciaId=1578

Consumo excessivo de carne vermelha aumenta risco de câncer

Ingerir muita carne vermelha aumenta os riscos de desenvolver câncer, segundo estudo da Universidade de Harvard, divulgado na terça-feira, 13. Os pesquisadores observaram estilos de vida e hábitos alimentares de 37.689 homens e 83.644 mulheres por 28 anos. Nesse período, 9.464 voluntários morreram devido a algum tipo de câncer. Outro fatores de risco como tabagismo, histórico familiar e idade, foram descartados, fazendo com que os pesquisadores concluíssem que existem fortes indícios entre o consumo do alimento e a incidência de câncer.

Os especialistas recomendam que o consumo de carne vermelha seja de, no máximo, 70g por dia, o que corresponde a meio bife. De acordo com o estudo, uma pessoa que consome um bife de 140g por dia teria 10% de chances de morrer de câncer. Se a carne for processada (hambúrguer, salsicha ou bacon, por exemplo) o percentual se elevaria para 16%. Os resultados obtidos se referem especialmente aos frequentadores assíduos de churrascarias.

Como forma de prevenção ao câncer, os pesquisadores recomendam moderação ao ingerir a carne vermelha, sem a necessidade de retirar o alimento por completo das refeições.

Fonte: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2012/consumo_excessivo_de_carne_vermelha_aumenta_risco_de_cancer

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Uma grande lição

Queridos companheiros da causa, venho através do blog divulgar um relato de uma amiga para o seu marido, que teve câncer e hoje felizmente encontra-se muito bem! Espero que todas as pessoas que diante de uma situação dramática como o diagnóstico de câncer, possam VIVER UMA GRANDE LIÇÃO!



Quando Horácio escreveu em seu poema a frase “Carpe diem” (na tradução popular: aproveite o dia), ele certamente imaginou as milhares de pessoas que séculos depois teriam que conviver com o pós câncer.

Sim, porque não há alguém que valorize mais o brocardo do que aquele que um dia enfrentou a doença.

É como se fôssemos de alguma maneira chacoalhados pelo mundo real dizendo: “Espera lá, faça plan...os pra hoje, o amanhã é comigo!”

Todo mundo faz hemogramas, papanicolau, testes de esforço... Então por que motivos tanta ansiedade?

Ouso dizer que o medo de o câncer voltar é pior que o próprio câncer. O medo de contar novamente a notícia a quem amamos, o medo de sentir dor, enjoo, constipação, de ver os cabelos caírem mesmo que as pessoas digam sem graça que “cabelo é de menos”, o medo de uma toxicidade, o medo de não dar certo de novo, o medo de o futuro não chegar...

Não há nada tão angustiante quanto a semana que antecede os exames. Você se pega pensando neles no momento mais banal: amarrando os tênis, estendendo as roupas no varal, estacionando o carro, no meio da refeição. Daí suplica pra cair no sono e esquecer aquilo tudo e adivinha? Você sonha com os ditos cujos (perdi as contas de quantas vezes chorei e sorri em sonhos). Ao acordar, você tenta interpretá-los pra se convencer que, oras, vai dar tudo certo.

Para quem acredita em Deus, é como se experimentasse enormes diálogos com Ele, como as crianças costumam fazer com o Papai Noel quando chega dezembro; você explica que foi bonzinho e que merece continuar saudável. Que aprendeu a lição e que não precisa enfrentar a doença novamente.

Pra quem não acredita nEle, o desejo de não ser “sorteado” novamente é tomado toda vez que a tensão vem à tona. Você quer fazer parte da estatística de pessoas que usam transporte público, de pessoas que vão às pizzarias aos domingos, mas não de quem teve um câncer de novo.

De qualquer maneira, independente do credo, o desejo de viver é igual. A vontade de continuar fazendo planos e realizá-los também. A alegria de poder ser igual a todo mundo e ter como pro-ble-mão hora extra no trabalho, vizinho barulhento e trânsito às seis da tarde.

Enquanto o corpo é tomado de adrenalina (e aqui eu falo no mau sentido), você torce, reza, ora e implora para que as imagens mostrem exatamente o que foi visto da última vez. Nunca na vida você quis tanto rotina e mesmice. Enquanto as mãos suam e as pernas tremem, você anseia para que seus órgãos estejam preservados e sadios e, após o sorrisinho do médico, você já sabe...

Um laudo normal é como se fosse um troféu. E quando você ganha esse troféu, tudo o que mais quer é ostentá-lo. Volta a planejar a viagem para os Estados Unidos, a troca do carro que resolveu dar problema, o casamento (o batizado, a formatura...), o curso de italiano, a compra do apartamento que vinha sendo adiada e adivinha só? O itinerário do final de semana.

E daí você liga pra família e conta a notícia, ouvindo um sonoro “Eu já sabia” (com todo o mar de incertezas que rondaram a mente antes de tocar o telefone). Choros, gritinhos, sorrisos. Está aberta a temporada de esquisitices do momento “continuo em remissão, rumo à cura”.

(22 de fevereiro de 2012, 1 ano e 11 dias pós fim de tratamento do amor da minha vida!)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Adotar hábitos alimentares saudáveis somente após o diagnóstico não basta, alerta oncologista

Médico destaca que uma boa alimentação tem efeito benéfico se adotada por toda a vida

Manter hábitos alimentares saudáveis tem mostrado benefícios no combate a diversos problemas de saúde, inclusive na prevenção ao câncer. Pesquisadores italianos, por exemplo, acompanharam durante 11 anos 31 mil mulheres com idade entre 36 e 64 anos para avaliar o papel do consumo de vegetais na prevenção do câncer de mama.

O estudo comparou o baixo com o alto consumo desses alimentos em relação à incidência da doença. Após ajustes estatísticos para nível de instrução, levando em conta dados antropométricos, história reprodutiva, terapia de reposição hormonal, atividade física, consumo de álcool e tabagismo, as mulheres que consumiram mais vegetais, de forma geral, apresentaram 30% menos chances de desenvolver câncer de mama.

— Mas não basta adotar um estilo de vida saudável somente quando é feito o diagnóstico — alerta o oncologista Stephen Stefani, do Instituto do Câncer Mãe de Deus.

Segundo o médico, hábitos saudáveis de alimentação trazem beneficio quando adotados por toda uma vida.

— Mudanças radicais sem orientação podem até dificultar o manejo do paciente — comenta.

Confira alguns alimentos que devem entrar já na sua dieta, conforme indicação da nutricionista Kelly Araújo, da Oncomed.

:: Abóbora, moranga, mamão, manga, cenoura, laranja — devem ser consumidos frescos e não como suplementos alimentares. Ricos em betacaroteno, com ação antioxidante, protegem contra o câncer de mama e de pulmão.

:: Melancia, tomate, pimentão — contêm licopeno, substância que atua na prevenção do câncer de próstata e de outros tipos.

:: Brócolis, couve, couve-flor e outros vegetais verde-escuros — possuem fibras insolúveis que dificultam a formação de tumores.

:: Linhaça — possui grande quantidade de fibras e de ômega 3, que contribuem para a prevenção, principalmente, do câncer do intestino.

Os resultados da pesquisa italiana estão no prelo para publicação no periódico científico Breast Cancer Research and Treatment.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3657257,Adotar-habitos-alimentares-saudaveis-somente-apos-o-diagnostico-nao-basta-alerta-oncologista.html

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais

Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais

Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bonnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte.

Para analisar a publicação, convidamos a Dra. Ana Cláudia Arantes – geriatra e especialista em cuidados paliativos do Einstein – que comentou, de acordo com a sua experiência no hospital, cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana. Confira abaixo.

1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim

“À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia.

“É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica.

“Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta.

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto


“Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra.

“Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma.

“Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”.

3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos

“Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta.

“À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”.

“A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica.

4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos

“Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica.

“Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”.

“Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma.

5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz


“Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”.

“Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica.

“A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta.
Dica da especialista

“O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo para fazê-las”.

“Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”.

De acordo com Dra. Ana Cláudia, livros como este podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. “Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo”, conclui a médica.

Publicado em janeiro/2012.
Fonte:

http://www.einstein.br/espaco-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/os-cinco-maiores-arrependimentos-dos-pacientes-terminais.aspx

Coca Zero dá câncer? Veja o que dizem especialistas sobre textos que circulam na internet

“Coca Zero dá câncer”. Vez ou outra você recebe um spam com esse título. Há alguns anos, circula pela internet o boato de que o refrigerante teria sido proibido nos EUA e que apenas países "subdesenvolvidos", como o Brasil, continuariam a vender esse "veneno negro". Alguns desses textos são assinados por supostos médicos e são recheados de links. Você até pode deletar o e-mail, mas fica com uma pulga atrás da orelha: será que faz mal?

Se existe uma resposta simples para a questão, ela pode ser resumida da seguinte forma: não existe estudo que comprove a relação entre refrigerantes light, diet ou zero e a incidência de câncer em humanos. O que não significa que a bebida possa ser consumida como água.

O grande “vilão” associado à Coca Zero é o ciclamato de sódio, adoçante que foi proibido pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador de alimentos e remédios nos EUA), mas é aprovado no Brasil e em vários outros países. Mais de 50, segundo a Coca-Cola, que dispõe em seu site uma área só para esclarecer “boatos e mitos” sobre seus produtos ( veja em http://www.cocacolabrasil.com.br/boatos_mitos.asp?inicio=1).

A Coca Zero vendida nos EUA (sim, ela não foi banida por lá) possui outros tipos de adoçantes em sua fórmula (como é possível consultar, em inglês, no endereço http://www.virtualvender.coca-cola.com/ft/index.jsp).

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já recebeu tantos questionamentos que também decidiu divulgar, em 2009, um informe técnico (http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/40_020609.htm) sobre o assunto. O texto explica como e quando começou toda a polêmica: em meados de 1970, quando um estudo demonstrou que a ingestão crônica de ciclamato aumentava a incidência de tumores de bexiga em ratos, levando o FDA a proibir a substância.

Outras pesquisas não comprovaram o risco, mas os EUA até hoje mantêm a proibição (para os críticos, isso é reflexo do “lobby do aspartame”). Uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer dos EUA, por exemplo, avaliou por 17 anos a ingestão por macacos de quantidades diárias (cinco vezes por semana) de ciclamato equivalentes às de 30 latas de refrigerante dietético. Nenhum dos animais contraiu câncer de bexiga, esclarece a Anvisa.

Em 1999, o ciclamato foi classificado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc) como pertencente ao Grupo 3, isto é, não carcinogênico para humanos. Segundo a Iarc, “há evidência inadequada em animais de laboratório e em humanos para a carcinogenicidade de ciclamatos”.

Limites

O informe da Anvisa, no entanto, dedica muitas linhas aos valores de IDA (Ingestão Diária Aceitável). Descreve (para desespero dos hipocondríacos) que o ciclamato de sódio é transformado, no intestino, em cicloexilamina, derivado que pode apresentar efeitos adversos à saúde. A taxa de conversão varia de pessoa para pessoa e depende, entre outros fatores, da flora intestinal. Mais um motivo para que ninguém exceda os limites que, segundo os testes, são considerados seguros.

A última avaliação feita internacionalmente para o ciclamato estabeleceu a IDA em 11 mg/kg. Isso significa que um adulto de 70 kg pode consumir até 770 mg do adoçante por dia, o que equivale a 3 litros ou 8 latas.

Como ressalta Deise Baptista, professora do departamento de nutrição da Universidade Federal do Paraná, é difícil consumir tanto refrigerante. O problema é que o produto nem sempre é a única fonte de ciclamato da alimentação. Uma pessoa pode só tomar a bebida no almoço e no jantar, mas acaba excedendo o limite porque toma vários cafés com adoçante durante o dia e ainda consome algumas gelatinas diet.

A especialista, que também é chefe do departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), enfatiza que não há comprovação de que os adoçantes existentes no mercado causem câncer. Até porque é muito difícil analisar o consumo isolado na população que tem a doença. "As pessoas são expostas a radição, consomem corantes, cada uma tem uma condição...", explica.

Por tudo isso, o conselho para quem precisa consumir alimentos adoçados artificialmente é apostar na moderação. “A gente também recomenda alternar o tipo de adoçante, para evitar o efeito acumulativo”, acrescenta a professora.

Baptista lembra que muitos produtos diet, light ou zero, como os refrigerantes, contêm mais de um tipo de adoçante, estratégia adotada para se obter um sabor mais agradável. Cada 100 ml da Coca Zero brasileira, por exemplo, tem 27 mg de ciclamato de sódio, 15 mg de acesulfame de potássio e 12 mg de aspartame. Já a Coca Light Plus contém aspartame (24 mg) e acesulfame de potássio (13 mg).

Cada um dos adoçantes acima possui um índice de IDA (veja tabela aqui). E mesmo aqueles considerados mais seguros pelos especialistas, como a stévia e a sucralose, possuem limites que devem ser respeitados.

A professora ainda faz outro alerta: tanto o ciclamato quanto a sacarina contêm sódio e, portanto, devem ser consumidos por cuidado por quem sofre de pressão alta.

Aspartame

Na opinião do endocrinologista especializado em nutrologia Mohamad Barakat, o ciclamato ainda é melhor que o aspartame, substância que em estudos com animais também já foi associada a câncer e a doenças do sistema nervoso (você já deve ter recebido um spam sobre isso também). “Em altas temperaturas, o aspartame gera formaldeído, componente que prejudica a mielina, espécie de capa que protege os neurônios”, justifica o médico.

O limite de ingestão do aspartame, considerado seguro pelas autoridades, é de 40 mg/kg. Isso significa que uma pessoa com 60 kg pode consumir até 2.400 mg por dia, o que equivale, aproximadamente, a 4 litros de refrigerante adoçado apenas com essa substância. É bastante. Por isso, ao contrário de Barakat, Baptista garante que não há motivo para temer o aspartame. Contanto, é claro, que os limites sejam respeitados.

*por Tatiana Pronin

Uol

Blog de volta com notícias atualizadas sobre Nutrição em Oncologia e Mundo do Câncer

Olá pessoal!
Depois de quase dois meses sem posts novos, o blog volta a ativa neste ano de 2012. Peço desculpas pela ausência, mas estes últimos dias foram muito corridos.
Vamos continuar esta luta pelo Combate ao Câncer e promover uma melhor qualidade de vida através da Equipe Intedisciplinar aos pacientes portadores. Conto com o apóio de todos para divulgação da causa e também através de sugestões de postagens para o blog.
Um ano muito iluminado e todos,
Abraços Fraternos, Fernanda Bortolon