domingo, 28 de abril de 2013

América Latina e Caribe terão 17 milhões de casos de câncer em 2030, diz estudo


Os países da América Latina e do Caribe terão, em 2030, 17 milhões de casos diagnosticados de câncer, segundo pesquisa do Grupo Latino Americano para Cooperação em Oncologia (Lacog, em inglês). A entidade é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2008 por um grupo de oncologistas latino-americanos para o desenvolvimento de pesquisa clínica acadêmica. O estudo alerta que os custos causados pela doença, que atualmente estão em cerca de US$ 4 bilhões ao ano, deverão subir substancialmente "se os governos não tomarem imediatamente ações coordenadas a fim de conter o impacto crescente do câncer na região".
Os pesquisadores estimam que o câncer deverá matar cerca de 1 milhão de pessoas anualmente nos países latino-americanos, nos próximos 17 anos. Segundo o estudo, morrem de câncer na região cerca de 13 pessoas em cada 22 casos diganosticados. O número é maior do que nos Estados Unidos, onde ocorrem 13 mortes para cada 37 casos, enquanto na Europa são aproximadamente 13 óbitos para 30 pacientes com câncer.
"A mortalidade por câncer na América Latina ser tão superior ao de outras regiões se deve ao fato de muitas pessoas não serem diagnosticadas com câncer antes de a doença atingir um estágio avançado", destaca o documento, ressaltando que é muito difícil tratar esse tipo de enfermidade nos estágios mais avançados.
O coordenador da pesquisa, professor Paul Goss, da Harvard Medical School, disse que nos últimos anos os países da América Latina focaram os investimentos em saúde na prevenção e tratamento de doenças infecciosas.
— Enquanto a aplicação de recursos em doenças não infectocontagiosas, como o câncer, não ocorreu — completa.
De acordo com o coordenador da pesquisa, em 2020 cerca de 100 milhões de pessoas deverão ter mais de 60 anos na região, agravando ainda mais a incidência de casos da doença em função de um estilo de vida similar ao dos países desenvolvidos.
— A adoção em larga escala de estilos de vida similares aos praticados em países desenvolvidos levará a um rápido crescimento do número de pacientes com câncer, um custo para o qual os países da América Latina não estão preparados — declarou.
Entre as medidas apontadas pela pesquisa para diminuir a incidência de câncer nos países da região, o estudo propõe a adoção de programas de saúde para incentivar hábitos saudáveis, reduzindo o consumo de álcool, evitando o fumo, adotando dietas balanceadas e realizando exercícios físicos. Além disso, os pesquisadores defendem a ampliação dos investimentos na formação de médicos.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Fibras no câncer

As fibras são importantes para manter ou melhorar a função intestinal e como as evidências experimentais sugerem, as fibras podem aumentar a eficácia do tratamento do câncer além de ter efeito antitumoral.
Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), 25g diárias de fibras é o recomendado para os adultos.
 
Existem dois tipos de fibra:
 
Solúveis - têm a propriedade de se misturar com água e formar um gel no nosso estômago, atrasando o esvaziamento gástrico e reduzindo a absorção de glicose e gorduras (também o colesterol). Está presente na aveia e centeio; pectina e amido resistente (aveia, casca de frutas, leguminosas como feijões e ervilha e gomas e mucilagens presentes em vários vegetais.
 
Insolúveis - não se misturam com a água e atuam melhorando o trânsito intestinal com o aumento do bolo fecal. São representadas pela celulose e pela lignina, encontradas na camada externa de grãos e cereais, no farelo de trigo, na casca de frutas e na soja.
 
Os líquidos são essenciais para que as fibras solúveis se transformem em gel e as insolúveis formem fezes macias
 
Alimentos como a soja, feijão, maçã, cebolinha, cenoura, goiaba, laranja, arroz integral e aveia possuem fibras em sua composição, substâncias valiosas para a nossa saúde. Entre seus feitos estão o estímulo da saciedade, a melhora do funcionamento do intestino e a proteção contra câncer intestinal.
 
A ciência aponta que elas previnem tumores no pâncreas, mama e intestino, pelo menos. 
No Centro de Referência Oncológico de Aviano, Itália, os cientistas estudam a relação entre uma dieta rica em fibras e o aparecimento de câncer no pâncreas. Para explorá-la, eles avaliaram a dieta de 326 pacientes diagnosticados com a doença e 652 indivíduos saudáveis.
 
Perceberam que o consumo da versão solúvel diminuiu em 60% a probabilidade de tumores surgirem no órgão. Já a insolúvel, diminuiu o perigo em 50%.
Ao que tudo indica, a partir do momento em que tais substâncias passam a controlar a produção e a liberação desenfreada de insulina, evitam não só o boom de células malignas nas mamas como também no pâncreas. Precisamos de mais estudos para comprovar este efeito, mas a teoria ganha muita atenção. 
Outra explicação é a capacidade que as fibras têm de aliviar o atravancamento do trânsito intestinal.
 
Elas não permitem que o organismo tenha tempo de absorver agentes potencialmente cancerígenos. Dessa forma, os inimigos são rapidamente eliminados.
 
Segundo os cientistas do Imperial College de Londres, para cada dez gramas de aumento no consumo de fibras, ocorreu uma queda de 10% no câncer de intestino grosso. 
Já se sabia que o consumo destes alimentos ajuda a proteger contra problemas cardiovasculares, mas os especialistas afirmam que qualquer ligação com câncer colo retal era menos clara, pois as pesquisas não tinham apresentado resultados consistentes.
 
Os cientistas britânicos e holandeses analisaram 25 estudos relativos ao assunto, que envolveram cerca de 2 milhões de pessoas, e concluíram que o consumo de alimentos como arroz integral, aveia e outros cereais são os responsáveis por esta diminuição de risco.  
 
Além dos estudos citados, há muitos outros para diferentes localizações dos tumores. As fibras realmente devem fazer parte do seu dia a dia.
 
Tenha um estilo de vida saudável com o consumo de frutas, legumes, leguminosas e alimentos integrais e consequentemente já estará consumindo uma boa quantidade de fibras solúveis e insolúveis.
Sabemos que por muitas vezes não se consegue comer o suficiente para atingir as 25g de fibras diárias necessárias. Hoje, temos os suplementos alimentares industrializados com fibras solúveis e insolúveis que podem te auxiliar na ingestão recomendada das fibras. São saborosos e possuem um volume pequeno.
 
Ainda é necessário avançar nas investigações para confirmar se os benefícios mostrados por esses estudos são causadas só pelas fibras, mas de qualquer forma, sua ingestão é mais do que incentivada pelos especialistas em nutrição.
 
Quantidade de fibras nos alimentos:
 
1 concha média de lentilha - 11,1 g
1 goiaba branca - 10,7 g
1 colher (sobremesa) de cebolinha - 6,4 g
1 mexerica - 4,19 g
1 pera - 3,3 g
1 colher (sopa) de semente de linhaça - 3,3 g
1 colher (sopa) de farelo de trigo - 3,1 g
1 colher (sopa) de abacate - 2,83 g
1 maçã ou 1 laranja - 2,6 g
5 folhas de couve-manteiga - 2,35 g
1 escumadeira de arroz integral - 1,62 g
3 colheres (sopa)de beterraba crua - 1,62 g
1 colher (sopa) de flocos de aveia - 1,37 g
1 fatia de pão de fôrma integral - 1,3 g
3 colheres (sopa) de cenoura ralada - 1,14 g

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Alimentos com aditivos podem causar câncer, dizem especialistas


Pesquisas médicas recentes mostram que o consumo em excesso de aditivos - produtos químicos que muitos alimentos industrializados recebem - podem ser responsáveis por doenças que vão de alergias ao câncer. Para combater esse problema, a nutricionista Ana Célia Delosso, que aponta os principais vilões dos supermercados.
Ela explica que linguiças, carne seca, salame e embutidos são alguns dos alimentos que mais levam aditivos na fabricação. Esses produtos são adicionados aos alimentos para  garantir o sabor, melhorar a aparência e aumentar a durabilidade da comida. Os alimentos que mais chamam a atenção das crianças, com corantes e aromatizantes, também são perigosos para a saúde.
Segundo a nutricionista, nem os alimentos utilizados na culinária japonesa escapam dos aditivos. O molho de soja, por exemplo, tem glutamato - aditivo que faz mal à saúde. Segundo pesquisas, o consumo em excesso está diretamente relacionado ao aumento de peso. Outro grupo de aditivos que também deve ser consumido em pouca quantidade são os espessantes e emulsificantes, responsáveis pela consistência dos alimentos.

Porém, a nutricionista Ana Célia afirma que nem todos os aditivos fazem mal à saúde. Os antioxidantes, por exemplo, contribuem no valor nutricional. Eles são comumente utilizados em margarinas e no arroz de aveia. Existem também os educorantes, que são os adoçantes artificiais presentes em produtos diet - opção mais saudável para quem tem diabetes.

Evitar todos os alimentos que contêm aditivos é difícil, mas a nutricionista dá a dica: é necessário realizar uma reeducação alimentar. A melhor opção é estar sempre atento ao rótulo e inserir mais produtos naturais à dieta.
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2012/11/especialista-da-dicas-de-como-evitar-alimentos-com-aditivos.html

Receitas de sucos para ajudar a prevenir e combater a anemia

A deficiência de ferro é uma das causas mais comuns da Anemia. Para combatê-la devemos enriquecer nossa alimentação com alimentos que contenham ferro e principalmente que façamos uso da forma correta, garantindo sua boa absorção pelo nosso organismo.

Os alimentos enriquecidos em cálcio dificultam a absorção de ferro já que ambos entram nas células pelo mesmo mecanismo de ação, enquanto que a vitamina C potencializa o poder de absorção, tornando-se desta forma um potente aliado no combate da Anemia.


Contamos abaixo com algumas receitas de sucos que garantem essa associação tão benéfica:

Suco de Couve com Maracujá
Ingredientes 
4 folhas de couve
3 maracujás
Limão
Água
Açúcar Mascavo 
Modo de preparo
Pique a couve e coloque no liquidificador junto com o maracujá, água  e algumas gotas de limão. Adoce com açúcar mascavo.
Rendimento: 5 porções

Suco Verde
Ingredientes
2 folhas de brócolis
2 hastes de couve-flor
1 copo de água-de-coco
Melado ou Açúcar Mascavo
Modo de preparo
Bater tudo no liquidificador, coar e tomar.
Rendimento: 1 porção

Suco de Cenoura e Kiwi
Ingredientes
½ cenoura
1 kiwi
1 copo de água-de-coco
Açúcar Mascavo
Modo de preparo
Bater tudo no liquidificador, coar e tomar.
Rendimento: 1 porção

Suco de Laranja, Cenoura, Beterraba e Rúcula
Ingredientes
½ cenoura
½ beterraba
Suco de 3 laranjas
1 colher de sopa de rúcula (pode ser substituído por outro vegetal de folha verde escura)
Água
Modo de preparo
Bater tudo no liquidificador até se tornar homogêneo, coar e tomar.
Rendimento: 2 porções

Suco de Beterraba com Limão
Ingredientes
1 rodela grande de beterraba
Suco de 1 limão
1 colher de sopa de semente de abóbora
Água
Açúcar Mascavo
Modo de preparo
Bater tudo no liquidificador até se tornar homogêneo, coar e tomar.
Rendimento: 2 porções

Suco de Abacaxi com Salsão
Ingredientes
3 rodelas de abacaxi
3 talos completos de salão
1 colher de sopa de semente de abóbora
200ml de água de coco
Açúcar Mascavo
Modo de preparo
Bater tudo no liquidificador até se tornar homogêneo, coar e tomar.
Rendimento: 2 porções




Confira algumas sugestões para amigos e familiares ajudarem um paciente com câncer e dicas importantes para aqueles que vão cuidar do doente.

O dia a dia de quem cuida de um paciente com câncer é bastante atarefado. Diante do diagnóstico, algumas mudanças e adaptações deverão ser feitas por todos os membros da família. É muito importante que cada um compreenda sua função nesse momento. Consideramos que existem dois tipos de cuidador:
  • Cuidador formal
    Aquele que possui habilidades técnicas específicas na área da saúde ou nos serviços sociais, como enfermeiro, auxiliar de enfermagem, psicólogo, nutricionista, etc. Geralmente, recebem pagamento pelos seus serviços.
  • Cuidador informal
    Aquele que provê cuidados e assistência para o paciente em seu cotidiano. Na maioria das vezes, essa função é desempenhada em um contexto familiar ou de amizade próxima, sem remuneração.
Quando você, cuidador informal, sentir-se cansado e sem condições físicas e emocionais para oferecer esse auxílio, deve procurar a ajuda de um cuidador formal. Portanto, preste atenção às suas próprias necessidades. Estabeleça limites para o que você pode fazer e, principalmente, peça ajuda antes de se sentir esgotado. Lembre-se que o cuidador formal poderá ajudar muito nesse momento. Aprender a dividir as tarefas é fundamental em tal período. Delegue tarefas e pergunte quem pode fazer o quê. É fundamental que você saiba que não precisa dar conta de tudo sozinho.
A seguir apresentamos algumas dicas para os cuidadores:
Que cuidados devo ter para proteger meu paciente e as pessoas que ajudam a cuidar dele? 
  • Lave sempre as mãos com água e sabão antes e depois que cuidar do seu paciente.
  • Retire anéis, pulseiras e relógios porque eles podem transmitir doenças ao paciente.
  • Dê banhos regulares no paciente.
  • Mantenha a casa limpa e arejada, principalmente o quarto do paciente.
  • Mantenha roupas de cama limpas e troque-as regularmente.
  • Procure não deixar que pessoas com gripe, resfriado ou outra virose fiquem abraçando e beijando o seu paciente.
Como diminuir o risco de queda?
  • Retire tapetes do caminho do paciente.
  • Evite que o paciente ande de meia.
  • Dê preferência ao uso de calçado de borracha.
  • Não deixe os pisos encerados ou molhados.
  • Mantenha os locais por onde o paciente anda bem iluminados.
  • Afaste os móveis para facilitar a locomoção do paciente.
  • Coloque tapetes antiderrapantes dentro e fora do banheiro, principalmente no local do banho.
  • No caso de uso de cama hospitalar, mantenha sempre as grades elevadas, especialmente na ausência do cuidador formal.
  • No caso de cadeira de rodas, antes de mobilizar o paciente, confira se as rodas estão travadas.
  • Evite que o paciente fique desacompanhado em casa.
Como fazer a higiene bucal do paciente?
  • A limpeza da boca (dentes e língua) deve ser feita pelo menos duas vezes por dia (manhã e noite) e após cada refeição.
  • Se o paciente não conseguir usar a escova, deve fazer bochecho com cepacaína.
Como faço para virar o paciente na cama?
  • Fique do lado correspondente ao movimento de rolar, para evitar a queda do paciente.
  • Se ele estiver de barriga para cima, peça que dobre os joelhos. Caso não tenha forças, faça isso por ele.
  • Peça que gire os joelhos dobrados para o lado desejado junto com o tronco (virada em bloco). Você poderá ajudá-lo apoiando uma mão no quadril dele e a outra atrás do ombro.
Como faço para levantar meu paciente da cama?
  • Vire o paciente para o lado desejado antes de levantá-lo.
  • Evite levantá-lo de barriga para cima, para que ele não machuque a coluna.
  • Quando for virá-lo de lado, vire o tronco e pernas num só movimento (em bloco), evitando assim torções de coluna.
  • Para chegar até a posição sentada, levante o paciente abraçando-o pelo tronco.
  • Evite puxar ou segurar o paciente por um braço ou perna. Dessa forma você diminui o risco de machucá-lo.
Que cuidados devo ter ao ajudar o paciente a sentar-se?
  • Sempre que for sentar seu paciente, dê preferência a assentos mais altos, próximos à altura dos joelhos.
  •  Lembre-se de encostar a parte de trás dos joelhos do paciente no sofá, na cama ou na cadeira antes de sentá-lo.
Falta de apetite do paciente: como alimentá-lo?
  •  Não force muita comida na hora da refeição.
  •  Use pratos pequenos.
  •  Ofereça alimentação variada, mesmo que seja em pequena quantidade.
  •  Faça do momento da refeição uma hora prazerosa e tranquila.
O que fazer quando o paciente tem prisão de ventre?
  •  Use corretamente a medicação laxativa que o médico prescrever.
  •  Estimule-o a beber líquidos (água, suco, água de coco).
  •  Estimule-o a se movimentar sempre que possível.
  •  Use alimentos laxativos conforme orientação do nutricionista.

Uma tarefa que requer uma atenção especial é quando o paciente está acamado. Devido ao estado de saúde, essas pessoas, na maioria dos casos, encontram-se debilitadas e precisam de apoio, paciência e compreensão.
Os cuidados com a higiene, alimentação e transporte são fundamentais para evitar problemas durante o tratamento. Manter a limpeza do ambiente, do leito e o cuidado nas trocas de roupas, no banho e no preparo dos alimentos deve ser rotina para evitar infecções e complicações. Não só o cuidador, mas todas as pessoas que têm contato com o acamado devem manter a higiene e sempre lavar bem as mãos antes de tocar em qualquer utensílio ou alimento do paciente.
Mais do que cuidar do corpo, as pessoas doentes precisam também de apoio moral para não se sentirem um “peso” para seus familiares e cuidadores. Trabalhar a autoestima pode ajudar muito na melhora do estado do paciente. Por isso, é função de todos que convivem com ele garantir que se sinta querido e, sempre que possível, integrá-lo às atividades da família.
Para melhor auxiliar no cuidado do paciente acamado, confira as sugestões abaixo:
Como dar banho no paciente acamado?
  • Separe os seguintes materiais: 2 vasilhas, 1 toalha de banho, 1 sabonete líquido ou em barra, 2 panos pequenos e 1 lençol.
  • Coloque água morna nas duas vasilhas.
  • Molhe o pano na água que estiver com sabão.
  • Comece lavando o rosto e ensaboando a parte da frente do corpo do paciente.
  • Com o outro pano molhado em água limpa, enxague.
  • Seque o corpo do paciente com a toalha de banho.
  • Vire o paciente de lado e lave as costas repetindo o mesmo procedimento.
Como trocar a fralda do meu paciente?
  • Vire o paciente totalmente de lado e coloque a fralda o máximo que puder por baixo dele.
  • Vire-o totalmente para o outro lado e puxe a fralda.
  • Coloque o paciente de barriga para cima e feche a fralda.
Higiene corporal
  • Deixe que o paciente escolha a melhor hora para seu banho.
  • Se ele puder fazê-lo sozinho, organize todo o material necessário e coloque–o próximo dele.
  • Não o deixe completamente só, pois ele pode precisar de sua ajuda se algo errado acontecer.
  • Verifique a temperatura da água. O paciente pode não perceber a temperatura, se alguma parte do corpo dele estiver menos sensível.
  • Aproveite para, depois do banho, massagear a pele dele com um creme hidratante.
Cuidados com a pele e prevenção de escaras
  • Observe se há lugares em que a pele pareça avermelhada (ombros, nádegas, calcanhar etc.).
  • Caso observe essas regiões avermelhadas, talvez seja necessário providenciar um colchão do tipo “caixa de ovo”. Coxins bem macios ou protetores de espuma também podem ser úteis.
  • As feridas devem permanecer cobertas para que não pousem moscas e fiquem com larvas. Caso isso aconteça, leve o paciente imediatamente para a emergência.
  • Use luvas.
  • Mude o paciente de posição de três em três horas, de forma que fique sempre confortável.
  • Massageie os locais de maior contato com o colchão para ativar a circulação.
  • Hidrate a pele do paciente conforme orientação do enfermeiro.
Como cuidar das escaras?
  • Retire o curativo sujo com cuidado, sempre molhando com água limpa ou soro fisiológico.
  • Lave bem as mãos.
  • Lave bem a ferida com uma gaze umedecida com água limpa ou soro fisiológico, passando ao redor. Use outra gaze para o meio da ferida. Por fim, seque com uma gaze sem esfregar.
  • Cubra a ferida com gaze umedecida na solução orientada pelo enfermeiro.
  • Use esparadrapo ou atadura de crepom para prender a gaze.
  • Jogue as gazes no lixo e lave as mãos novamente.
Higiene bucal
  • A higiene bucal deve ser feita pela manhã, noite e após cada refeição.
  • Procure uma escova dental bem macia, que se adapte melhor às necessidades do paciente.
Cuidados nas refeições
  • Estimule o paciente a fazer suas refeições sozinho, sempre que isso for possível, mesmo que no começo ele o faça muito lentamente.
  • O prato, os talheres, o copo ou a xícara devem estar adaptados para facilitar o seu uso.
  • Coloque-o com a cabeceira bem elevada se a refeição for feita no leito (travesseiros podem ajudar a alcançar a melhor posição).
  • Não se esqueça de oferecer líquidos, mesmo que ele não os solicite. Lembre-se de que é importante mantê-lo hidratado.
  • Observe a temperatura do alimento antes de servi-lo. Lembre-se de que o paciente pode ter alguma redução na sensibilidade, o que dificulta a percepção da temperatura.
  • Observe se as refeições estão sendo bem aceitas. Caso contrário, procure a nutricionista para conhecer outras opções de dieta.
  • A dor desestimula o apetite. Portanto, certifique-se de que o paciente esteja medicado com os analgésicos prescritos pelo médico para que a dor não dificulte a alimentação.
  • Se for possível, ofereça sempre pequenas quantidades de comida e permita que o paciente escolha entre várias opções de alimentos.
  • No caso dos pacientes com problemas na movimentação dos braços, lembre-se de sempre colocar os alimentos e a água próximos.
Cuidados na hora de dar os remédios
  • A organização dos remédios (com suas doses e horários) deve ser feita com muita atenção. Esclareça suas dúvidas com os médicos antes de oferecer os remédios.
  • Não se esqueça de verificar sempre a data de validade dos medicamentos.
  • Não ofereça comprimidos, cápsulas ou outros medicamentos que devem ser engolidos, quando o paciente estiver deitado. Mantenha a cabeceira bem elevada. Se não for possível conseguir uma cama adaptada, use travesseiros ou almofadas grandes.
  • Se não for possível elevar a cabeceira, vire-o de lado.
  • Se houver dificuldade de engolir os comprimidos, triture-os e dissolva o pó em uma pequena quantidade de água.
Higienização das mãos
Embora as mãos pareçam limpas, existem milhões de bactérias e micróbios que podem se esconder embaixo das unhas, mesmo depois de lavar as mãos com bastante água. A forma descrita abaixo é a mais eficiente para eliminar grande parte dos germes. Siga essas instruções na hora de preparar as refeições e fazer curativos.
  • Pegue um sabonete ou mesmo um sabão de lavar roupa e esfregue as mãos por um minuto, mais ou menos.
  • Enxague-as, tirando todo o sabão desta primeira lavagem.
  • Ensaboe-as novamente e, desta vez, concentre-se nos dedos e unhas.
  • Procure lavar dedo por dedo de todos os lados.
  • Com uma espátula de unhas (igual a que se usa para tirar o excesso de esmalte), limpe embaixo delas.
  • Com as mãos ainda cheias de sabão, lave a parte da torneira que você vai tocar para fechá-la.
  • Enxague as mãos e a torneira.
  • Após fechar a torneira, seque suas mãos com uma toalha bem limpa.
Transporte para a cadeira de rodas ou para a cama
  • Coloque a poltrona ou cadeira de rodas bem próxima à cama, de preferência do lado não afetado.
  • Quando for transferir o paciente para a poltrona, traga-o para a beirada do leito. Não se afaste nesse momento, pois ele poderá ter tonturas e cair.
  • Para ter uma boa base de apoio, mantenha seus pés um pouco afastados: um apontando para a cama e o outro para a cadeira de rodas.
  • Apoie os braços dele sobre os ombros.
  • Os seus joelhos devem estar um pouco flexionados e suas mãos devem segurar a cintura do paciente.
  • Se quiser melhorar o apoio, coloque nele um cinto bem largo para poder segurá-lo com mais firmeza.
  • Caso ele não possa sair do leito, procure mudá-lo de posição várias vezes durante o dia (deitar de lado ou de costas).
  • Para colocá-lo novamente no leito é só seguir esses passos em sequência invertida.
Como ajudar a ir ao banheiro
O paciente vai precisar frequentemente de ajuda para ir ao banheiro. Ele deve sentir-se à vontade para chamar o cuidador quando precisar. Procure lhe dar a maior privacidade possível.
  • Se houver pessoas no quarto, peça para saírem por um instante.
  • Em vez de fazer suas necessidades no leito, é preferível que o paciente vá ao banheiro (sozinho ou acompanhado) mesmo que seja com alguma dificuldade.
  • Coloque no banheiro todo o material de higiene de que ele poderá precisar em um lugar de fácil acesso.
  • Peça orientações à equipe de enfermagem sobre como limpar o paciente após as evacuações.
Dicas
  • Faça uma lista das tarefas do dia e procure fazer primeiro as relacionadas com o   seu paciente.
  • Talvez ele tenha dificuldade em se expressar. Tenha paciência.
  • Repita as perguntas quantas vezes forem necessárias. Pode ser que ele tenha tido dificuldade em entendê-las.
  • Não permita que outras pessoas ou membros da família falem sobre problemas na sua presença. Isso pode deixá-lo angustiado.
  • Quando se sentir cansado ou estressado, divida com outro familiar as tarefas. O trabalho de cuidar é de toda a família.
  • Se tiver dificuldades ou dúvidas sobre os cuidados a serem prestados, entre em contato com a equipe médica. Um profissional poderá orientá-lo por telefone (talvez não haja necessidade de comparecer à clínica).
  • Se for necessário, o Setor de Emergência dos hospitais funciona 24 horas por dia, todos os dias.
Fonte:  http://www.cccancer.net/site/index.php/cuidando-do-paciente/

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Conversando sobre prevenção do câncer com seus familiares

Conversar sobre o câncer com os seus familiares pode, na maioria das vezes, ser uma missão difícil, afinal como podemos abordar esse tipo de assunto com eles? É muito importante que você saiba que o câncer é uma doença causada por exposição a fatores de risco como cigarro, álcool, radiação, etc e por uma alteração nos genes, ou seja, modificações nas células que provocam uma sequência de eventos nas próprias células e no órgão ao qual pertencem o que acaba originando o aparecimento de um tumor maligno, mas isso não significa que o câncer seja hereditário. Apenas 5 e 10% de todos os casos de câncer é consequência de alteração genética hereditária, ou seja, transmissível de pai (mãe) para filho(a).

Os casos de câncer precoce (em pacientes abaixo de 50 anos) merecem uma maior preocupação. Diante dessa situação, é muito importante que o paciente converse com o médico quanto ao risco de se tratar de um câncer hereditário. A decisão quanto à necessidade de se fazer testes genéticos devem ser tomada em conjunto com o oncologista ou por um profissional especializado em aconselhamento genético. 

A prevenção nesses casos continua sendo os exames de rotina: mamografia, auto-exame, exame clínico, PSA, toque retal, endoscopia, entre outros. O médico poderá orientar a partir de que idade será necessária a realização desses exames.

Dia Mundia de Combate ao Câncer


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Como incorporar mais proteína em sua dieta

Carne magra, peixe, aves, produtos lácteos, nozes, feijão, ervilhas, lentilhas e soja são boas fontes de proteínas. Para obter mais proteína por dia, tente algumas destas dicas:
  1. Adicione queijo em sanduíches, sopas, massas, arroz e macarrão.
  2. Coloque carne magra, peixe ou tofu no molho do macarrão, cozidos, sopas e molhos em geral. Ou se preferir, frite-os junto com legumes para uma refeição rápida e nutritiva.
  3. Use leite em vez de água na cozinha, quando possível.
  4. Coma ovos cozidos. Adicione ovos picados em saladas e sanduiches.
  5. Adicione nozes e sementes nos seus lanches, pães, biscoitos, bolos, panquecas e cereais.
  • Como se alimentar quando seu sistema imunológico estiver enfraquecido
Você pode se preocupar com o que acontece com o seu sistema imunológico durante o tratamento do câncer. Será que a remoção dos gânglios linfáticos ou a quimioterapia causam danos ao seu sistema imunológico? Ter uma dieta saudável e balanceada durante e após o tratamento pode ajudar o sistema imunológico a se
Se o seu sistema imunológico estiver fraco, fique longe de bactérias e outros organismos que podem deixá-lo doente.
As proteínas ajudam a manter o seu sistema imunológico forte. Aqui estão algumas boas fontes de proteínas para o sistema imunológico enfraquecido:
  1. Carne magra, peixe, ovos e tofu, sempre bem cozidos.
  2. Leite pasteurizado com baixo teor de gordura.
  3. Queijo cottage ou iogurte desnatado pasteurizado.
  4. Sopa enlatada ou desidratada.
  5. Multivitamínicos. Converse com o seu médico/e ou nutricionista sobre tomar um multivitamínico diariamente.
Certos alimentos podem ter altos níveis de bactérias e não é muito recomendando para pessoas com sistema imunológico debilitado:
  1. Vegetais crus, como alfafa, rabanete e brócolis, por causa do alto risco de Salmonela e outras bactérias.
  2. Ovos crus, também pelo alto risco de contaminação.
  3. Carne moída crua, ou aves mal cozidas.
  4. Tofu embalado com água.
Como regra geral, a maioria dos nutricionistas recomenda evitar certas comidas durante a quimioterapia devido à alta chance de contaminação:
  1. Alimentos crus ou mal cozidos, como carne, peixe, frutos do mar, salmão defumado, sushi, sashimi, aves, ovos, salsichas, carnes, tofu, linguiça e bacon.
  2. Alimentos que contenham ovos crus, como maionese caseira.
  3. Queijos moles como Brie, Camembert, Roquefort e Gorgonzola.
  4. Mel cru.
  5. Cerveja não pasteurizada.
  6. Levedura de cerveja crua.
Além disso, evite comer em lugares que não tenham condições adequadas de higiene.beber um pouco mais do que isso. Converse com o seu médico e/ou nutricionista sobre a quantidade de água recomendada.
 
Uma maneira de saber se você está bebendo água suficiente, é pela urina. Se sua urina estiver mais transparente, provavelmente você está bebendo bastante água. Se sua urina estiver escura, mais concentrada, significa que você está bebendo menos água do que deveria. Tente aumentar a quantidade de água e demais líquidos.

Se durante o tratamento você tiver efeitos colaterais como diarreia ou vômitos, talvez você fique desidratado. Se você estiver sentindo dor, você pode acabar comendo e bebendo menos, o que também pode levar à desidratação. Um dos primeiros sinais de desidratação é a fadiga, seguido por boca seca, tonturas, fraqueza, pele seca, entre outros. Converse com o seu médico caso tenha algum sintoma de desidratação. 

Como se manter hidratado:
  1. Beba bastante líquido. Água, sucos de fruta pasteurizados e leite são boas opções para se manter hidratado durante o tratamento.
  2. Beba café com moderação. Bebidas com cafeína, como café, chás e refrigerantes a base de cola, agem com diuréticos. Não confie em bebidas cafeinadas como sua única fonte de água.
  3. Ingira alimentos com alto teor de água. Melão, uva, morango, melancia, brócolis, couve flor, repolho, berinjela, alface, espinafre e tomate são 90% compostos por água. Sopas, picolés e gelatina também são ricos em água.
  4. Experimente colocar fatias de limão ou laranja na água, para mudar um pouco o sabor.
  5. Mantenha um copo de água sempre por perto durante o dia e a noite, para lembrá-lo de beber.
  • O que comer quando você está desidratado
Manter-se hidratado é muito importante durante todo o tratamento. O ideal é beber de 8 a 12 copos de água por dia, mas se você estiver com efeitos colaterais como diarreia e vômitos, talvez você precise

Dicas para gerenciar a desidratação:
  1. Não beba muito de uma vez só. Tome aos poucos, durante o dia todo.
  2. Chupe pedaços de gelo, ajuda a manter os lábios e a boca úmida.
  3. Coma alimentos ricos em água.
  4. Mantenha sempre uma garrafa de água ou suco por perto.
  5. Beba água de coco.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Novo Tratamento do Melanoma custa R$ 240 mil

Ao mesmo tempo em que a ciência evolui na descoberta de tratamentos cada vez mais exitosos para doenças como o câncer, o valor de algumas medicações inovadoras é inacessível para a grande maioria da população. A Anvisa aprovou, em março, o preço do Yervoy, considerado um avanço no tratamento para melanoma por aumentar significativamente a sobrevida dos doentes.

O tratamento custa, no Brasil, R$ 240 mil reais. “O valor dos medicamentos gera um grande debate nos congressos de oncologia, na medida que existirão inevitáveis barreiras para acesso”, afirma o oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus (Porto Alegre - RS), Stephen Stefani. O Yervoy não tem cobertura do SUS, uma vez que o modelo atual não contempla incorporação de droga de alto custo.  Conforme Stefani, planos de saúde terão dificuldade de cobrir remédios com estes preços sem repercussão em seu cálculo atuarial. No ano passado, o Instituto do Câncer Mãe de Deus incluiu mais de 40 pacientes no estudo científico que avaliou o benefício médico da medicação.

“Não existem soluções a curto prazo para este cenário cada vez mais presente, com drogas de altíssimo custo no tratamento de uma doença como câncer, já segunda causa de morte no país, mas cientistas e estudiosos do tema reforçam a necessidade de racionalizar custos de pesquisa, avaliar questões de custo-efetividade e debater amplamente políticas de saúde que tenham foco na equidade de acesso”, afirma Stefani.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Moglia Comunicação Empresarial
Assessoria de Imprensa Sistema de Saúde Mãe de Deus

Suplementação com açaí para tratar desnutrição de pacientes com câncer não é indicada

“Um dos principais desafios na luta contra o câncer é esclarecer os mitos que cercam a doença.” Assim começa reportagem publicada em 4 de outubro de 2012 no site da BBC Brasil, sobre uma pesquisa apresentada no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica, na Áustria, que destacou os principais mal-entendidos acerca do câncer que permeiam o imaginário popular.
No Brasil, estudos feitos por Marília Seelaender, professora associada do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), também têm ajudado a esclarecer aspectos associados ao câncer.
Segundo Seelaender, muitos profissionais da saúde buscam combater o tumor e não se importam em tratar o paciente por inteiro. As pesquisas que realiza buscam caracterizar a caquexia associada ao câncer, que consiste em uma inflamação crônica dos órgãos que causa desnutrição e perda excessiva de peso.
“A caquexia se manifesta em 80% dos casos terminais e é responsável pela morte de mais de 20% dos pacientes com câncer. Ainda assim, é tratada por meio da reposição calórica, a qual tem se revelado completamente inócua”, disse.
Em seu mais recente trabalho científico concluído a respeito do tema, Seelaender investigou a suplementação com açaí em casos de caquexia. O estudo teve apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
Muito além de uma dieta de calorias – o que, segundo Seelaender, é a recomendação mais comum para atenuar a caquexia –, a pesquisa propôs analisar o efeito desse alimento em uma dieta de longo prazo, visando à modulação da expressão gênica pelo nutriente da fruta.
Sabe-se que o açaí tem propriedades antiinflamatórias em sua composição natural. No entanto, os estudos feitos no ICB-USP verificaram que, em bebidas comerciais, com a adição de xarope de glicose, os ganhos metabólicos dos nutrientes são eliminados.
“Essa constatação foi feita na primeira fase do projeto, quando testamos bebidas de açaí encontradas em supermercados na suplementação de ratos sadios. Pudemos notar início de esteatose – ou fígado gorduroso –, redução de enzimas ligadas ao metabolismo da glicose e aumento de peso e adiposidade”, destacou Seelaender.
Na segunda etapa da pesquisa, o xarope de glicose foi substituído por mel orgânico, que tem propriedades antiproliferativas. “Dessa vez, comprovamos que, tanto nos animais sadios como nos que portavam tumor, a ingestão desse suco finalmente fez com que a propriedade antiinflamatória do açaí se manifestasse”, disse Seelaender.
Para análise dos experimentos foi levada em conta a razão entre as citocinas pró e antiinflamatórias – IL-6 e IL-10 (interleucinas), respectivamente – presentes no fígado, no músculo e nos tecidos adiposos epididimal e retoperitoneal dos ratos.
Isso porque, em pacientes humanos caquéticos, a relação entre essas citocinas indica um perfil pró-inflamatório (ou seja, mais IL-6 do que IL-10), o que determina inflamação nos órgãos e, consequentemente, desnutrição nos pacientes com câncer.
“Então, nesse aspecto, a suplementação com açaí causou efeitos positivos, uma vez que reduziu a expressão da citocina pró-inflamatória no organismo”, disse Seelaender.
Aumento tumoral
Outra propriedade do açaí, ainda mais conhecida do que a antiinflamatória, é a antioxidante. Seelaender e equipe procuraram verificar se a suplementação com suco de açaí e mel resultava na redução do estresse oxidativo relacionado à caquexia.
“A ingestão desse composto diminuiu a concentração de malondialdeído – que é um elemento pró-oxidante – apenas em ratos sadios. Além disso, em animais doentes, ela causou um aumento significativo da massa tumoral”, disse.
O resultado é que, embora os nutrientes do açaí tragam melhorias em relação ao perfil antiinflamatório do organismo, eles não são eficientes no combate ao estresse oxidativo e ainda podem resultar no crescimento do tumor.
“Por conta disso, não indicamos a suplementação com açaí para o tratamento da caquexia associada ao câncer”, advertiu Seelaender, que, atualmente, realiza testes em humanos, para analisar as consequências da prática de exercícios físicos no combate a esse sintoma.
Segundo a pesquisadora, essa relação já havia sido estudada em ratos com resultados surpreendentes. “Todos os sintomas da caquexia foram contrabalançados pela atividade física regular e, em humanos, já temos notado inclusive uma diminuição da massa tumoral”, disse. 
 
Fonte:  http://agencia.fapesp.br/16383