quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Suplementação de ômega-3 aumenta a eficácia de quimioterapia

Pesquisadores canadenses publicaram na revista científica Cancer um estudo que comprovou os benefícios da suplementação de ácidos graxos ômega-3 em aumentar a eficácia da quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão, contribuindo para aumento da sobrevida.

Trata-se de um ensaio clínico, aberto, controlado por placebo que avaliou 46 pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. Este tipo de câncer ocorre em 75% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão e corresponde a um grupo heterogêneo composto de três tipos histológicos principais e distintos (carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células). Mais de 65% dos casos de câncer de pulmão de células não pequenas avançado não respondem à quimioterapia de primeira linha e as taxas de sobrevivência em um ano são baixas.

Neste sentido, os pequisadores trabalharam a hipótese de que a suplementação com óleo de peixe (fonte de ácidos graxos ômega-3) durante a quimioterapia de primeira linha iria aumentar as taxas de resposta ao tratamento.

Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo controle (n=31), que recebeu quimioterapia padrão (carboplatina com vinorelbina ou gemcitabina) + placebo; e o grupo suplementação (n=15), que recebeu também a quimioterapia padrão + 2,5 g de ômega-3/dia, sendo 2,2 g de EPA (ácido eicosapentaenoico) e 240 mg de DHA (ácido docosahexaenoico).

O grupo que recebeu a suplementação apresentou melhor taxa de resposta à quimioterapia e maior benefício clínico quando comparado ao grupo placebo. Além disso, os pacientes que receberam a suplementação tiveram uma tendência ao aumento de um ano de sobrevida em relação ao grupo placebo.

Os pesquisadores afirmam que este é o primeiro estudo que avaliou e comprovou que a adição de 2,5g de ômega-3 aumenta a sobrevida e as taxas de resposta à quimioterapia de primeira linha em pacientes com câncer de pulmão.

“A suplementação de ômega-3 pode representar uma abordagem segura e não tóxica para melhorar o tratamento de pacientes com câncer de pulmão. A diferença observada nas taxas de resposta entre os grupos foi impressionante, mesmo com um número pequeno de pacientes. No entanto, reconhecemos que existe a necessidade de confirmação por meio de mais ensaios clínicos randomizados para confirmar esses achados”, concluem.

Fonte:http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=516

Referência(s)

Murphy RA, Mourtzakis M, Chu QS, Baracos VE, Reiman T, Mazurak VC. Supplementation with fish oil increases first-line chemotherapy efficacy in patients with advanced nonsmall cell lung cancer. Cancer. 2011;117(16):3774-80.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A dieta pode auxiliar o controle do ácido úrico?

Orientação nutricional para o controle do excesso de ácido úrico no sangue, tanto para a prevenção quanto para o tratamento da gota úrica:

1) Evite as restrições calóricas intensas, pois elas podem elevar agudamente o ácido úrico no sangue. Isto porque essas dietas causam a chamada cetose, que, por sua vez, leva à excreção renal prioritária dos corpos cetônicos em detrimento da excreção do ácido úrico, podendo causar uma crise de gota;

2) Mantenha uma hidratação adequada, pois esta medida é um fator de prevenção, uma vez que dilui a urina, aumenta o volume urinário e reduz a possibilidade de precipitação dos cristais de ácido úrico;

3) Evite o consumo de bebidas alcoólicas, pois nenhuma dieta que se propõe ao tratamento do excesso de ácido úrico é bem sucedida se o consumo de álcool não for abolido. Isso se aplica aos quadros de gota e lesões renais causadas pelo excesso de ácido úrico. São comuns crises de atrite aguda que se seguem ao consumo de bebida alcoólica;

4) Nos casos de elevação discreta e assintomática do ácido úrico, não há necessidade de restrições alimentares específicas, desde que mantenha o peso normal e o controle dos demais parâmetros metabólicos como a glicose, os triglicérides e o colesterol. Não se justifica a restrição de grãos, frutas cítricas e tomate, como muitos acreditam;

5) Excessos na ingestão de carnes e frutos do mar estão associados a um aumentado risco de gota. Estudos recentes têm revelado que para cada porção adicional diária de carne na dieta, teremos 21% de aumento do risco de gota e para cada porção semanal adicional de frutos do mar, 7%;

6) Há forte relação inversa entre a ingestão de laticínios - principalmente os de baixo teor de gordura - e a incidência de gota. A ingestão de proteínas do leite- caseína e lactolbumina - tem sido mostrada como fator redutor do ácido úrico em pessoas saudáveis devido ao efeito dessas proteínas, facilitando a perda de ácido úrico na urina e reduzindo assim seus níveis no sangue;

7) Excessos na ingestão de proteínas vegetais não têm sido relacionados a risco aumentado de gota na população em geral. Alguns estudos sugerem que a proteína vegetal - encontrada nas leguminosas como o feijão, soja, lentilha, grão de bico e ervilha - pode até ter um efeito protetor, embora menos efetivo do que aquele exercido pelos laticínios.

Relação de alimentos

Alimentos que podem e que não podem ser consumidos por quem apresenta elevação das taxas de ácido úrico no sangue:

ALIMENTOS PROIBIDOS

Álcool, principalmente os fermentados como a cerveja
Peixes: salmão, bacalhau, arenque, ovas de peixes, truta, cavala, sardinha
Carnes: vitela, bacon, carneiro e cabrito
Miúdos: coração, fígado
Aves: galeto, peru
Pães doces e molhos em geral

ALIMENTOS QUE DEVEM SER CONSUMIDOS MODERADAMENTE

Carnes: vaca, frango, porco e presunto
Peixes não citados no grupo anterior
Camarão e frutos do mar
Leguminosas: feijão, soja, grão de bico, ervilha, lentilha
Verduras: aspargo, cogumelos, couve-flor, espinafre
Cereais integrais
Oleaginosas: côco, nozes, amendoim, castanha do Pará e de caju

ALIMENTOS QUE PODEM SER CONSUMIDOS LIVREMENTE

Leite e derivados
Ovos
Chá
Vegetais: legumes e verduras exceto os citados no grupo anterior.
Doces em geral
Frutas: todas

Dra. Ellen Simone Paiva
Médica Endocrinologista e Nutróloga
Diretora Clínica do CITEN - (Centro Integrado de Terapia Nutricional)
Fonte: www.citen.com.br

Aumente seu apetite durante a quimioterapia

A perda de apetite é uma possível reação adversa da quimioterapia, tratamento usado para combater o câncer.

Mas comer bem é importante para ajudar o corpo a permanecer forte durante o tratamento, que envolve desgaste físico e emocional.

O Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, sugere maneiras de aumentar o apetite:

1) Coma em horários agendados todo dia, mesmo se isso significar ter apenas uma refeição pequena ou algumas colheres de comida

2) Coma cinco ou seis pequenas refeições durante o dia, em vez de se forçar a comer três refeições grandes

3) Se a sua comida tiver gosto metálico, use utensílios de plástico e panelas de vidro

4) Faça um pouco de exercício todo dia, mesmo que seja apenas uma breve caminhada

5) Se comida sólida se tornar difícil de engolir, opte por sopa ou até mesmo por um milkshake

6) Beba líquidos durante o dia. Mas os evite durante e logo antes da refeição para não ficar estufado demais para comer


Fonte: Delas, iG


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Suplementos antioxidantes e a prevenção do câncer

Muitas pessoas usam suplementos antioxidantes tais como as vitaminas A,C, e E; beta-caroteno e selênio com o objetivo de melhorar a sua saúde e prevenir o desenvolvimento de câncer.

Com o objetivo de avaliar os possíveis efeitos dos suplementos oxidantes na prevenção do câncer, Investigadores da Universidade de Seul realizaram uma revisão (meta-análise) de 22 estudos clínicos. Os dados de um total de 161.045 pacientes foram

analisados. Desse total, 88610 fizeram uso de antioxidantes e 72435 pacientes não faziam uso de antioxidantes.

Como resultado, não foi encontrado benefício com o uso de suplementos antioxidantes na prevenção do desenvolvimento de câncer (risco relativo 0.99; 95% IC 0.96-1.03). O uso de suplementos antioxidantes não se mostrou efetivo tanto como prevenção primária (em pacientes que nunca tinham tido câncer), ou como secundária, em pacientes com diagnóstico prévio de câncer.

Também não foi encontrado qualquer dado que sugerisse benefício de um tipo particular de agente oxidante, ou ainda qualquer tipo de câncer que tivesse sua incidência diminuída pelo uso de antioxidantes. De fato, em 4 desses estudos clínicos, o uso de suplementos antioxidantes se correlacionou com um aumento da incidência de câncer de bexiga (risco relativo 1.52; 95% IC 1.06 – 2.17).

Os autores concluem que não existem evidências clínicas de prevenção primária ou secundária do câncer pelo uso de agentes antioxidantes, podendo mesmo haver efeito deletério para alguns tipos de câncer.

Fonte: Annals of Oncology – Jan/2010

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Plano de saúde deverá cobrir até 12 sessões com nutricionista

A partir do ano que vem, os planos de saúde serão obrigados a cobrir até 12 consultas anuais de seus segurados com nutricionistas --o dobro do número atual. No caso de pacientes diabéticos, serão 18 consultas por ano.

A determinação faz parte do novo rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Publicado ontem no "Diário Oficial" da União, o documento prevê a inclusão de 58 novos procedimentos e a ampliação da cobertura de 11.

As novidades incluem 41 cirurgias por vídeo, método considerado menos invasivo.

Entre elas está a operação de redução de estômago, indicada para pacientes obesos, e a retirada da próstata, intervenção feita geralmente em decorrência de câncer.

O documento também detalha quais despesas devem ser pagas ao acompanhante da mãe durante o trabalho de parto e o pré e pós-parto.

Apesar de a presença do acompanhante estar prevista em resolução anterior da ANS, havia casos de cobranças já que as despesas não eram discriminadas. Elas agora incluem acomodação, alimentação e vestimenta.

Em abril, uma lei paulista proibiu as maternidades de cobrar pela paramentação do acompanhante, mas nada se dizia sobre alimentação.

As mudanças começam a valer em janeiro para planos contratados a partir de 1999.

Para a gerente-geral de regulação assistencial da ANS, Martha Oliveira, a ampliação dos procedimentos não acarretará em aumento significativo de preço aos segurados. Segundo ela, os novos exames podem reduzir o número de internações ou de procedimentos complementares.

"Em 2008, houve uma inclusão de 150 procedimentos. Depois de um ano, o impacto foi de 1,1%. Há procedimentos que, inicialmente, acha-se que têm um alto custo e terão um alto impacto. Mas ele pode ter alto custo, mas reduzir o uso de outros exames e de internações."

Fonte: Folha de São Paulo

domingo, 14 de agosto de 2011

Receitas Gostosas de Batidas Hipercalóricas e Hiperprotéicas

Vitamina Alpino
Ingredientes
02 xícaras de chá de leite integral
03 colheres de sopa de chocolate em pó
01 colher de sopa de amido de milho
01 colher de sopa de farinha de aveia
01 colher de chá de canela
04 colheres de sopa de açúcar

Modo de Preparo
01. Leve ao fogo a amido de milho diluída em 1 xícara de leite e misture até formar uma consistência cremosa
02. Bata essa mistura no liquidificador junto com o restante do leite e os outros ingredientes
03. Leve à geladeira e sirva frio
Sugestão: no inverno sirva quente
Rendimento: 2 porções de 240 ml
Valor calórico da porção: 340 kcal

Vitamina Prestígio
Ingredientes
02 xícaras e meia de chá de leite integral gelado
meia xícara de chá de leite de coco
05 colheres de sopa de chocolate em pó
01 colher de sopa de coco ralado
05 colheres de sopa de leite em pó
02 colheres de sopa cheias de açúcar

Modo de Preparo
Bata no liquidificador todos os ingredientes e sirva a seguir
Sugestão: Como bebida de inverno troque o leite em pó por 1 colher de sopa cheia de amido de milho, leve ao fogo com o leite e o açúcar até engrossar. Depois bata no liquidificador com o restante dos ingredientes e sirva.
Rendimento: 4 porções de 200 ml
Valor calórico da porção: 245 kcal

Vitaminão
Ingredientes
01 xícara de chá de suco de laranja
01 fatia de mamão papaya
02 pedras de gelo
04 colheres de sopa de açúcar
04 colheres de sopa rasas de leite em pó
02 xícaras de chá de leite integral

Modo de preparo:
Bata no liquidificador todos os ingredientes e sirva a seguir
Rendimento: 3 porções de 140 ml
Valor calórico da porção: 204 kcal

Vitamina de Beijinho
Ingredientes:
02 xícaras de leite
meia xícara de leite de coco
01 colher de sopa de coco raIado
01 colher de sobremesa de amido de milho
03 unidades de cravo


Modo de Preparo
01. Leve ao fogo o leite com cravo até ferver.
02. Acrescente a amido de milho diluída num pouquinho de leite e mexa até engrossar
03. Retire o cravo e bata o mingau no liquidificador com o leite de coco e o coco ralado
04. Sirva gelado ou quente dependendo da estação
Rendimento: 2 porções de 200 ml
Valor calórico da porção: 322 kcal

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Comer soja após câncer de mama é seguro

Novo estudo aponta que ela pode inclusive ajudar a reduzir os riscos de reincidência da doença


Para quem já enfrentou um câncer de mama é comum o temor de que os alimentos à base de soja irão aumentar os riscos de reincidência da doença, mas uma nova pesquisa sugere que tais temores são infundados.

“Não encontramos nenhuma evidência de que a ingestão de soja após um câncer de mama aumente o risco de reincidência ou morte causada pela doença”, disse a Dra.

Xiao Ou Shu, professora de epidemiologia e medicina do Vanderbilt University Medical Center, de Nashville (EUA).

“Nosso estudo indicou que os alimentos à base de soja são seguros para pessoas que já sofreram um câncer de mama, podendo mesmo reduzir os riscos de reincidência”, disse a especialista, enfatizando que o estudo analisou alimentos, como o tofu ou soja em grãos, e não os suplementos de soja.

A pesquisa deve ser apresentada em Orlando este mês, durante o encontro anual da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer. Os resultados de estudos apresentados em encontros médicos são considerados preliminares até serem publicados em um periódico especializado.

Para a pesquisa, foram avaliados os dados de 9.515 mulheres que participaram dos seguintes estudos sobre sobreviventes ao câncer de mama: Epidemiologia da Vida Pós-Câncer, Alimentação e Vida Saudável da Mulher (EUA) e Estudos dos Sobreviventes ao Câncer de Mama de Xangai (China).

Shu revisou informações sobre a ingestão de soja por meio de questionários aplicados às participantes. O tempo médio entre o diagnóstico do câncer de mama e a avaliação sobre a ingestão de soja foi de aproximadamente 14 meses.

Depois de sete anos e meio de acompanhamento, Shu encontrou 1.348 casos de reincidência de câncer de mama e 1.171 mortes causadas pela doença e por outros fatores. Comparadas às mulheres que ingeriram a menor quantidade de soja, aquelas no grupo de 10% de ingestão de soja apresentaram um risco 35% inferior de reincidência.

O grupo que ingeriu maior quantidade de soja também apresentou uma redução de 17% no risco de morte por todas as causas durante a fase de acompanhamento do estudo. Entretanto Shu explica que os resultados não alcançaram significância estatística.

O consumo de soja foi considerado mais alto entre os grupos do estudo de Xangai do que entre os americanos. Qual, então, seria a quantidade de soja ideal?

“Uma xícara de leite de soja ou meia porção de tofu (56 gramas) por dia pode oferecer os níveis de isoflavona de soja semelhantes à quantidade ingerida pelo grupo de 10% do estudo da população americana”, ela explica.

“No passado, as mulheres que sobreviveram ao câncer de mama costumavam evitar alimentos à base de soja”, disse a Dra Marian Neuhouser, que faz parte do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle.

Ela diz que o principal temor dos especialistas era de que a soja pudesse atuar como um fitoestrógeno mais fraco, sendo que a maior parte dos casos de câncer de mama é do tipo receptor de estrógeno positivo.

“Acho que este estudo, e também outro realizado anteriormente, apóia a idéia de que os alimentos à base de soja são seguros para mulheres com câncer de mama”, disse ela.

A especialista também enfatizou que o estudo analisou alimentos, não suplementos à base de soja. Ela diz que a soja é uma ótima fonte de proteína com baixo teor de gordura, além de contribuir para uma alimentação saudável em geral – e padrões alimentares saudáveis estão relacionados à menor reincidência.

Neuhouser diz: “Um café com leite de soja não é o mesmo que um café com leite integral, que é o tipo que contém maior teor de gordura”.

* Por Kathleen Doheny, New York Times