Ao mesmo tempo em que a ciência evolui na
descoberta de tratamentos cada vez mais exitosos para doenças como o câncer, o
valor de algumas medicações inovadoras é inacessível para a grande maioria da
população. A Anvisa aprovou, em março, o preço do Yervoy, considerado um avanço
no tratamento para melanoma por aumentar significativamente a sobrevida dos
doentes.
O tratamento
custa, no Brasil, R$ 240 mil reais. “O valor dos medicamentos gera um grande
debate nos congressos de oncologia, na medida que existirão inevitáveis
barreiras para acesso”, afirma o oncologista do Instituto do Câncer Mãe de
Deus (Porto Alegre - RS), Stephen Stefani. O Yervoy não tem cobertura do SUS, uma vez que o modelo
atual não contempla incorporação de droga de alto custo. Conforme Stefani, planos de saúde terão
dificuldade de cobrir remédios com estes preços sem repercussão em seu cálculo
atuarial. No ano passado, o Instituto do Câncer Mãe de Deus incluiu mais de 40
pacientes no estudo científico que avaliou o benefício médico da medicação.
“Não existem soluções a curto prazo
para este cenário cada vez mais presente, com drogas de altíssimo custo no
tratamento de uma doença como câncer, já segunda causa de morte no país, mas
cientistas e estudiosos do tema reforçam a necessidade de racionalizar custos
de pesquisa, avaliar questões de custo-efetividade e debater amplamente
políticas de saúde que tenham foco na equidade de acesso”, afirma Stefani.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Moglia Comunicação Empresarial
Assessoria de Imprensa Sistema de Saúde Mãe de Deus
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