Os Probióticos e Prebióticos são denominados “alimentos funcionais”. De acordo com a
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - propriedade funcional é aquela
relativa ao papel metabólico ou fisiológico
que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento,
desenvolvimento, manutenção e outras funções
normais do organismo humano.
O câncer colon-retal é o terceiro mais prevalente atualmente. O tratamento desta neoplasia ainda está associado a elevado risco de complicações, sendo
necessário, assim, a elaboração de novas estratégias. No estudo,
“Probióticos e probióticos na atenção primária ao câncer de cólon“, os
pesquisadores dizem que a ingestão de alimentos probióticos, prebióticos
ou a combinação de ambos – os simbióticos – representa uma nova opção
terapêutica para o problema. A pesquisa foi publicada este ano nos
Arquivos de Gastroenterologia.
Os autores explicam que probióticos são microrganismos vivos, que,
administrados em quantidades adequadas, trazem benefícios à saúde do
hospedeiro. Um exemplo, são os leites fermentados. Já os prebióticos são
ingredientes nutricionais não digeríveis que funcionam como o
“alimento” das bactérias probióticas, estimulando seletivamente o seu
crescimento e atividade. Os prebióticos podem ser obtidos, por exemplo,
através de sementes e raízes de alguns vegetais como a chicória,
cebola, alho e alcachofra. Da interação dos dois, surgem os alimentos
simbióticos, mostra a pesquisa.
“Alguns mecanismos explicam como as bactérias contribuem para a causa
do câncer de cólon e reto, sendo um deles a presença de alterações na
microflora intestinal, que facilitam o desenvolvimento de processos
inflamatórios. Outro fator contribuinte é a promoção da ativação de
componentes carcinogênicos e a produção de compostos mutagênicos, como
os radicais livres”, explicam.
Segundo os pesquisadores, o consumo de alimentos probióticos,
prebióticos e simbióticos pode, então, oferecer algum efeito protetor
contra esses problemas. “Pressupõe-se que microorganismos selecionados
seriam capazes de proteger o hospedeiro contra atividades
carcinogênicas, através de três mecanismos: 1- Os probióticos seriam
capazes de inibir as bactérias responsáveis por converter substâncias
pré-carcinogênicas (como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e
nitrosaminas) em carcinogênicas; 2- Estudos em animais de laboratório
têm demonstrado que alguns probióticos inibem diretamente a formação de
células tumorais; 3- Algumas bactérias da flora intestinal têm mostrado
capacidade de ligação e/ou inativação carcinogênica”, relatam os pesquisadores.
Para eles, possuir um conjunto saudável de microorganismos habitando o
intestino é importante, pois resulta em um correto desempenho das
funções fisiológicas do hospedeiro e propicia melhor qualidade de vida
aos indivíduos. “No entanto, ainda é baixo o número de indivíduos que
cumprem com essa recomendação, sendo os profissionais de saúde
responsáveis por manter e disseminar conhecimentos atualizados sobre o
tema e colocar em prática seu uso”, criticam.
Converse com seu nutricionista especializado na área de oncologia para avaliar a sua necessidade de uso.
Fonte: http://www.worldgastroenterology.org/assets/export/userfiles/Probiotics_FINAL_pt_2012.pdf
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