quinta-feira, 16 de maio de 2013

Uso de Probióticos e Prebióticos no Câncer de Cólon

Os Probióticos e Prebióticos são denominados “alimentos funcionais”. De acordo com a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano. 

O câncer colon-retal é o terceiro mais prevalente atualmente. O tratamento desta neoplasia ainda está associado a elevado risco de complicações, sendo necessário, assim, a elaboração de novas estratégias. No estudo, “Probióticos e probióticos na atenção primária ao câncer de cólon“, os pesquisadores dizem que a ingestão de alimentos probióticos, prebióticos ou a combinação de ambos – os simbióticos – representa uma nova opção terapêutica para o problema. A pesquisa foi publicada este ano nos Arquivos de Gastroenterologia.

Os autores explicam que probióticos são microrganismos vivos, que, administrados em quantidades adequadas, trazem benefícios à saúde do hospedeiro. Um exemplo, são os leites fermentados. Já os prebióticos são ingredientes nutricionais não digeríveis que funcionam como o “alimento” das bactérias probióticas, estimulando seletivamente o seu crescimento e atividade. Os prebióticos podem ser obtidos, por exemplo, através de sementes e raízes de alguns vegetais como a chicória, cebola, alho e alcachofra. Da interação dos dois, surgem os alimentos simbióticos, mostra a pesquisa.

“Alguns mecanismos explicam como as bactérias contribuem para a causa do câncer de cólon e reto, sendo um deles a presença de alterações na microflora intestinal, que facilitam o desenvolvimento de processos inflamatórios. Outro fator contribuinte é a promoção da ativação de componentes carcinogênicos e a produção de compostos mutagênicos, como os radicais livres”, explicam.

Segundo os pesquisadores, o consumo de alimentos probióticos, prebióticos e simbióticos pode, então, oferecer algum efeito protetor contra esses problemas. “Pressupõe-se que microorganismos selecionados seriam capazes de proteger o hospedeiro contra atividades carcinogênicas, através de três mecanismos: 1- Os probióticos seriam capazes de inibir as bactérias responsáveis por converter substâncias pré-carcinogênicas (como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e nitrosaminas) em carcinogênicas; 2- Estudos em animais de laboratório têm demonstrado que alguns probióticos inibem diretamente a formação de células tumorais; 3- Algumas bactérias da flora intestinal têm mostrado capacidade de ligação e/ou inativação carcinogênica”, relatam os pesquisadores.

Para eles, possuir um conjunto saudável de microorganismos habitando o intestino é importante, pois resulta em um correto desempenho das funções fisiológicas do hospedeiro e propicia melhor qualidade de vida aos indivíduos. “No entanto, ainda é baixo o número de indivíduos que cumprem com essa recomendação, sendo os profissionais de saúde responsáveis por manter e disseminar conhecimentos atualizados sobre o tema e colocar em prática seu uso”, criticam.

Converse com seu nutricionista especializado na área de oncologia para avaliar a sua necessidade de uso.

Fonte: http://www.worldgastroenterology.org/assets/export/userfiles/Probiotics_FINAL_pt_2012.pdf

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